sábado, novembro 19, 2022

EUA repreenderam Zelensky por afirmar em vídeo que “os mísseis russos atingiram a Polónia”

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, repreendeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por culpar a Rússia pelo míssil que atingiu a Polónia e resultou na morte de duas pessoas, num vídeo partilhado nas redes sociais. No seu discurso diário habitual, cerca de uma hora após ter sido divulgado que os destroços se encontravam em território polcao, Zelensky afirmou: “Os mísseis russos atingiram a Polónia”, considerando o incidente como “uma escalada muito significativa”. Esta comunicação do presidente da Ucrânia foi feita pouco tempo depois do incidente, o que levou Sullivan a aconselhar Zelensky a “ser mais cauteloso nas suas declarações públicas”, uma vez que não foi ainda confirmada a responsabilidade do sucedido, relata a CNN Internacional. Sullivan ligou para o gabinete de Zelensky e recomendou “mais cuidado” na forma como estavam a falar sobre o sucedido. Embora o presidente ucraniano tenha pedido, na terça -feira à noite, para conversar com Joe Biden, não chegaram a entrar em contacto.

No dia do incidente, Biden conversou com o seu homólogo polaco Andrzej Duda para concluir a origem do míssil, porém sem sucesso. O secretário de Estado dos EUA Antony Blinken, que estava em Bali com Biden para participar na cimeira do G20, foi também informado de imediato sobre a explosão, de acordo com um funcionário norte-americano, juntando-se com o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan na chamada telefónica com Duda.

Os Estados Unidos da América (EUA) e a Polónia concordaram em colaborar numa investigação para apurar a responsabilidade do lançamento do míssil, enquanto que o diretor da CIA Bill Burns encontrou-se com Duda em Varsóvia na quarta-feira à noite, segundo um funcionário dos EUA. Biden foi o primeiro a aliviar tensão após o míssil que caiu na Polónia ter abalado o mundo ao explicar que a informação inicial sugeria que não tinha sido lançado pela Rússia, enquanto que os seus conselheiros apelaram à calma e paciência, inclusive aos funcionários ucranianos (Multinews, texto da jornalista Beatriz Maio)

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