Face à situação económica actual e à subida generalizada de preços, 72% dos portugueses está a conter os gastos. A conclusão é do estudo do Observador Cetelem “Consumo em tempos de inflação 2022”, segundo o qual esta realidade é mais prevalente nas famílias em que o rendimento do agregado é inferior (87%), nos cidadãos mais velhos, com idades compreendidas entre os 55 e 64 anos (81%) e os 65 e os 74 anos (80%) e, ainda, nos residentes em Lisboa (80%).
O estudo revela que 6 em cada 10 portugueses acreditam que as despesas irão aumentar nos próximos dos 12 meses, especialmente os residentes da região Centro (70%). Dessa forma, 31% tenciona aumentar as poupanças. Ainda assim, face ao inquérito realizado em Novembro de 2021, aparenta existir uma inversão da tendência, uma vez que nessa altura 59% pensava aumentar as suas poupanças nos 12 meses seguintes. De acordo com o estudo, 59% dos portugueses declara ter dificuldades no pagamento das despesas mensais fixas, sendo este valor o mais elevado dos últimos dois anos – era de 34% em Junho de 2020 e de 42% em Abril de 2021. No que respeita às despesas extra, 27% dos portugueses inquiridos não tem capacidade de as suportar. Por outro lado, 55% considera que tem capacidade de suportar despesas extra, ainda que que 3 em cada 10 afirmem já ter recorrido às poupanças para enfrentar o aumento dos preços. Metade dos que têm capacidade dizem que não conseguiriam suportar uma despesa extra superior a 500 euros (Marketeer)
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