Os que me pedem para ser politicamente correcto
quando falo do poder e do perfil de quem está no poder na Ucrânia, mesmo sem
generalizar essa ideia, gostaria de dizer que perdem o seu tempo.
Eu não me esqueci de ver o nome de Zelensky
associado a casos graves de corrupção na Ucrânia, ou das suas ligações a
oligarcas mafiosos - os oligarcas não são só os russos... - um dos quais dono
da televisão onde Zelensky, enquanto comediante, mantinha um programa que
serviu de rampa de lançamento à sua candidatura presidencial.
Não, eu não me esqueci das ligações de Zelensky ao
caso dos Panamá Papers ou da sua ligação ao escândalo Trump "versus"
Biden em que o presidente ucraniano terá sido aliciado por Trump a divulgar
informações e vigiar os negócios do filho do actual presidente americano, a
troco de avultada verba (falou-se em 400 milhões de dólares). Até hoje não
sabemos a verdade nem a mentira deste escândalo.
Por isso, quando constatamos ser a própria
presidente da Comissão Europeia, Von der Leyen a apelar que a Ucrânia
implemente medidas para combater corrupção, está tudo dito!
A presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, fez esta recomendação numa altura em que alguns países europeus, e bem, têm levantado várias questões acerca do estatuto da Ucrânia a candidato à adesão à União Europeia, particularmente devido a problemas de corrupção. Depois de se reunir com Zelensky, a presidente da Comissão Europeia disse ser “preciso implementar reformas, para combater a corrupção, por exemplo, ou modernizar a administração, o que também ajudará a atrair investidores”. A corrupção foi sempre - e acho que mesmo em guerra parece ser - o principal problema do poder em Kiev. E talvez pior isso desde 2014 nunca tivessem pedido da forma que agora o fazem a sua integração na UE ou mesmo a NATO, neste caso sabendo que isso incomodaria os russos e os faria reagir. Agora que a situação se alterou radicalmente e a necessidade de sobrevivência passou a ser o objectivo mais importante de todos, multiplicam-se esses pedidos, por parte de um pais que não será objecto de favores se antes não resolver os seus imensos problemas internos, quer económicos, quer sociais, quer políticos. Quer da corrupção que sempre fez parte do ADN do poder de Kiev (LFM)
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