segunda-feira, dezembro 30, 2019

Sondagem: Governo de Costa pior sem Mário Centeno

O Executivo de António Costa vai governar pior em 2020 se Mário Centeno sair , embora a maioria ainda acredite que o desempenho se irá manter. Uma sondagem da Intercampus para o CM, CMTV e ‘Negócios’ revela um crescimento da percentagem de inquiridos, dos 28,5% para mais de um terço (33,5%), que projeta uma governação mais negativa sem o atual ministro do Estado e das Finanças. O pessimismo ganha força junto dos portugueses se Centeno abandonar Costa, com apenas 8,6% a acreditarem que o desempenho do Governo será melhor. Ainda assim, 43,2% acham que o Executivo vai gerir o País de forma igual.

A saída do ministro do Governo para liderar o Banco de Portugal é um cenário que o próprio não descura. Centeno já afirmou que não vê "nenhum conflito de interesses" em se tornar governador do Banco de Portugal, cargo atualmente ocupado por Carlos Costa até julho de 2020, quando termina o mandato. Numa entrevista ao ‘Expresso’ disse, em tom de ironia: "Isso está escrito em algum sítio do Tratado?". E apresentou dois exemplos semelhantes: "Um dos vice-presidentes do Banco Central Europeu foi ministro das Finanças de Espanha e o meu colega eslovaco também transitou das Finanças para o banco central."
Se Centeno ficar no Governo, as expectativas em relação ao desempenho do Executivo são um pouco mais otimistas. 14,5% acham que a governação será melhor, uma ligeira melhoria face a novembro, quando 13,2% davam esta avaliação. Por seu turno, diminuiu a percentagem dos que acreditam que o governo vai piorar a sua performance, de 29,8% para 28,5%. Mas a principal fatia (50%) dos portugueses é da opinião que o Executivo vai governar de forma igual, percentagem muito idêntica à do mês passado (48%).
Portugueses pouco otimistas com 2020
As expectativas dos portugueses para 2020 são prudentes, demonstrando algum receio sobre o que o futuro lhes reserva. A maioria (48,8%) considera que não haverá alterações na sua vida, contudo mais de um quarto dos inquiridos (27,1%) está pessimista. E apenas 17% acreditam que estarão melhor em 2020.
FICHA TÉCNICA 
Objetivo Sondagem realizada pela Intercampus para o CM e a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas.
Universo População portuguesa, com 18 ou mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. Amostra É constituída por 606 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional: 290 a homens e 316 a mulheres; 132 a pessoas entre os 18 e os 34 anos, 219 entre os 35 e os 54 anos e 255 a pessoas com 55 ou mais anos; 230 no Norte, 142 no Centro, 163 em Lisboa, 45 no Alentejo e 26 no Algarve. Seleção da amostra A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo/móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por região (NUTS II), género e idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da população portuguesa (31/12/2016) da Direção-Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da informação Através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI. Os trabalhos de campo decorreram entre 12 e 17 de dezembro de 2019. Margem de erro O erro máximo de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é cerca de 4% Taxa de resposta 64,7% (Correio da Manha)

Sem comentários: