domingo, dezembro 29, 2019

Investigação encontra falhas de segurança “relevantes” e “sistémicas” em aviões da TAP

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) encontrou falhas “relevantes” e “sistémicas” na gestão de segurança da frota de aviões ATR-72 que voam ao serviço da TAP, mas são operados por outra empresa, avança a TSF. Os aviões ATR-72 da TAP Express, usados por exemplo na chamada ponte aérea entre Lisboa e Porto, são operados pela White Airways, uma empresa que é fortemente criticada no relatório do GPIAAF e que é contratada pela companhia aérea de bandeira portuguesa, voando com as cores da TAP. O relatório consultado pela TSF diz que a White Airways tem falta de pilotos para responder a todas as necessidades o que “inevitavelmente resultou num aumento da pressão operacional sobre as tripulações e a consequente extensão dos seus tempos de serviço”.

“Com o aumento da pressão comercial, foram expostas vulnerabilidades da organização” da empresa, bem como “a falta de procedimentos documentados ou inadequados à dimensão da operação” feita em nome da TAP, pode ler-se no relatório.
E acrescenta: Foram detetadas falhas e “atalhos” na formação e treino dos pilotos, com processos de “integração na operação de jovens pilotos que não se mostraram eficazes”.
A empresa que trabalha para a TAP é acusada ainda de “não demonstrar ter um método ou processo de seguimento de fadiga” dos pilotos, de “falhas no sistema de validação dos tripulantes” e de “confiança excessiva”, sendo “evidente um conjunto de fragilidades do operador e do seu sistema de gestão de segurança operacional”.

O relatório acaba com recomendações à White Airways, mas também à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). O regulador dos aviões em Portugal é acusado de várias “debilidades” na supervisão da empresa que trabalha para a TAP (Executive Digest)

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