O grupo Pestana vai encerrar o exercício de
2019 com receitas de 450 milhões de euros, o que representa um crescimento de
3,7% face aos 434 milhões registados em 2018, revelou esta quarta-feira o CEO
do grupo hoteleiro, José Theotónio, num encontro com jornalistas. Ao nível do
EBITDA, o grupo regista um incremento de 12%, para os 186 milhões de euros,
assinalou o responsável, que destacou que o rácio de dívida líquida face ao
EBITDA melhorou dos 3,15 de 2018 para os 2,61. No balanço do ano, José Theotónio frisou que
as pousadas registaram "o melhor ano de sempre" mas admitiu que
"nos resorts começamos a sentir muito a concorrência de outros destinos,
como a Turquia e o Egito, até pela desvalorização da libra". Pela positiva, o CEO do grupo apontou ainda
as operações em Lisboa e no Porto, bem como no Algarve, onde este foi também
"o melhor ano de sempre".
Já a Madeira enfrentou um ano
"problemático". "A falência da Germania, em fevereiro, e a da
Thomas Cook, em setembro, penalizaram o negócio na região", disse.
Em termos internacionais, o gestor mostrou-se
muito satisfeito com as operações na Europa, destacando o primeiro ano completo
do hotel do grupo em Amesterdão que foi "muitíssimo positivo" e
também o Pestana Plaza Mayor, em Madrid, que abriu em maio, "correu muito
bem".
No Brasil, apesar de alguma recuperação, José
Theotónio ressalvou que a base era muito baixa. "Começámos a ver a luz ao
fundo do túnel após dois anos em que batemos no fundo", sintetizou.
No mercado africano, São Tomé e Príncipe foi
apontado como tendo tido um "desempenho muito bom", mas o responsável
diz ter alguma preocupação com a excessiva dependência deste destino em relação
ao mercado português. "Cerca de 70% dos turistas são portugueses e essa
dependência de um só mercado é algo que nos preocupa", referiu (Jornal deNegócios)
Sem comentários:
Enviar um comentário