quarta-feira, dezembro 11, 2019

Nota: Lítio, DI, acusações, isto tem que acabar na RTP. E rapidamente!

 
Sem querer tomar partido por uma das partes - Sandra Felgueiras e Maria Flor Pedroso - no conflito que abala a estrutura informativa da RTP (porque não sei o que se passou, mesmo, nem tenho dados concretos), tudo por causa de uma alegada censura a um programa que em vésperas de eleições pretendia denunciar relações perigosas e negócios estranhos envolvendo o Governo português e a exploração do lítio em Portugal, acho que pela dimensão atingida e pela polémica persistente, talvez tenha chegado o tempo para que a DI da RTP discuta o assunto com frontalidade e de forma pragmática e decida se a persistência desta suspeição e da polémica ajudam a RTP e sobretudo a estabilizar a informação na empresa. Não se trata de fazer a apologia de qualquer decisão mais radical - embora ela infelizmente que comece a cheirar... - mas tão somente de exigir que a RTP tenha a estabilidade que não tem tido. Sou frontalmente contra o endeusamento de jornalistas, não sou tolerante com vaidades pessoais ou com sinais de vedetismo profissional numa área tão sensível como o jornalismo. Sempre fui contra isso. Não mudo de opinião. E como ando há "muitos anos a virar frangos no assador" neste sector, sei que muita desta polémica não é inocente e tem a ver com a conturbada entrada em funções desta DI em funções, que desde esse dia até hoje, arrisco dizê-lo, nunca deixou de sofrer contestação interna, mais ou menos organizada. O problema não é esse. O problema, digamos que o cerne da questão, é que a RTP precisa de estabilidade e o que faltava é que um sector tão importante como a informação, andasse todos os dias nas páginas dos jornais, de revistas, nas redes sociais, etc, alvo de suspeição e servindo de arena para ataques, suspeições, acusações, insinuações, etc. Isto tem que acabar, de uma vez por todas. Não sei como, mas tem que acabar. Chegamos a um ponto em que não sabemos em quem devemos acreditar e quais as motivações que estão subjacentes a cada uma das partes em conflito. A persistência desta instabilidade pode conduzir a empresa pública para um outro debate, que julgo que ninguém desejaria neste momento, relacionado com o seu modelo de "governance", com os modelos orgânicos internas, etc (LFM)

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