quarta-feira, abril 10, 2013

Antiga espiã diz que líder da Coreia do Norte luta por controlar militares

Segundo a SIC Notícias, "uma antiga espiã da Coreia do Norte, que perpetrou um atentado bombista contra um avião de passageiros sul-coreano, disse hoje que Kim Jong-un está a lutar para controlar os militares. Kim Hyun-hee, que disse ter recebido ordens de Kim Jong-il, pai de Jong-un,  para atacar o avião em 1987, matando 115 pessoas, afirmou acreditar que  o líder norte-coreano ainda está a tentar consolidar o poder.  Kim Jong-il morreu em dezembro de 2011. "Kim Jong-un é muito jovem e inexperiente", declarou à televisão australiana  ABC, numa entrevista exclusiva a partir de Seul, onde vive num local secreto  e sob fortes medidas de segurança.  "Ele está a lutar pelo controlo total dos militares e pela sua lealdade.  É por isso que faz tantas visitas a bases militares, para consolidar apoios",  acrescentou.   Há várias semanas que Pyongyang insiste numa retórica de guerra e na  terça-feira reiterou a ameaça de que a península coreana se dirigia para  uma guerra "termonuclear", aconselhando os estrangeiros a deixarem a Coreia  do Sul.   À ABC, Kim Hyun-hee afirmou existir método nas ameaças norte-coreanas.  "A Coreia do Norte está a usar o seu programa nuclear para manter as pessoas  na ordem e levar a Coreia do Sul e os Estados Unidos a fazerem mais concessões". Em 1987, Kim deixou uma bomba relógio num compartimento num avião sul-coreano  com origem em Bagdad. A agente norte-coreana saiu do avião, numa paragem  no Bahrain, e foi detida, com outro norte-coreano, ao tentar deixar o país  com passaportes japoneses falsos.  Ao serem detidos, os dois engoliram imediatamente cápsulas de cianeto.  O homem teve morte imediata, mas Kim sobreviveu e foi levada para Seul,  onde confessou e foi perdoada.   Kim publicou um livro, com o título "Tears of My Soul" (Lágrimas da  minha alma), em que descreve o treino a que foi submetida como espiã norte-coreana.  Os lucros das vendas são doados às famílias das vítimas do atentado de 1987. Casou com um dos seguranças e vive em Seul, ainda escondida dos assassinos  norte-coreanos que, acredita, podem atacar em qualquer momento, de acordo  com a ABC".