sábado, junho 20, 2020

Seis a sete milhões de empregos em risco na aviação europeia

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) lança o alerta e já fala em perdas superiores a 19 mil milhões de euros, só para as companhias europeias. As companhias aéreas na Europa devem perder €19,1 mil milhões em 2020, com a procura de passageiros a cair mais de metade face ao ano passado. Em risco estão agora entre 6 a 7 milhões de empregos na área da aviação apenas na Europa. No caso português a perda de passageiros desde abril até agora foi da ordem dos 60% e o impacto no emprego direto e indireto pode atingir 187.800 pessoas, caso a situação não se altere rapidamente. Estas são as estimativas mais recentes da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), divulgadas nas últimas 24 horas, que não só garante que a situação piorou nas últimas semanas como admite que o pior ainda possa estar para vir, em termos de impacto económico no sector e nas economias de cada um dos países europeus.

MAIS DE SEIS MILHÕES DE EMPREGOS AFETADOS
“Em toda a Europa, mais de seis milhões de empregos no setor aéreo e nos negócios suportados pela aviação estão em risco. Milhares de empregos já foram perdidos devido à suspensão do tráfego aéreo. Para que a situação comece a melhorar é imperativo que a indústria recupere o mais rápido possível ”, afirmou Rafael Schvartzman, vice-presidente regional da IATA para a Europa.
Segundo os analistas daquela organização, uma recuperação acelerada do transporte aéreo na Europa pode ser alcançada através da ação dos governos em duas áreas prioritárias:
Desde logo, no reinício coordenado das viagens aéreas, com a abertura de fronteiras (incluindo a eliminação da quarentena, que continua a reter passageiros à chegada a alguns países europeus) e regras operacionais com base nas orientações de saúde estabelecidas pela Organização Internacional da Aviação Civil (OACI) e a nível europeu pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação ( AESA) e o Centro Europeu de Controle de Doenças (ECDC).
SECTOR PEDE MAIS APOIOS
Por outro lado, dando suporte financeiro e regulatório contínuo, especialmente ajuda financeira direta.
A última avaliação do gabinete de estudos económicos da IATA conclui que as perspetivas a nível nacional pioraram para os principais mercados de aviação da Europa desde abril. O número de passageiros, a receita das companhias aéreas, os empregos em risco e o impacto no PIB dos cinco maiores mercados europeus (Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e Itália) continuaram evidenciar agravamentos sucessivos (Expresso, texto do jornalista Vítor Andrade)

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