Nível de contágio revela que a doença está a crescer na Amadora, Sintra, Odivelas, Loures e Lisboa
Concelhos com Rt mais elevado:
– Amadora: 1,28
– Sintra: 1,17
– Odivelas: 1,13
– Loures: 1,09
– Lisboa: 1,03
– Média nacional: 1,02
Os níveis de contágio a circular em algumas zonas do País estão a preocupar as autoridades de saúde e o próprio Governo de António Costa. A situação mais alarmante vive-se em cinco concelhos da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Segundo dados divulgados na reunião que decorreu esta segunda-feira na Autoridade Nacional do Medicamento – Infarmed, e que serve para António Costa tomar todas as decisões sobre o desconfinamento, a Amadora é a zona com mais risco de transmissão.
Nos últimos dias, no concelho da Amadora o “Rt”, a taxa de reprodução viral, foi de 1,28. Significa isto que, cada pessoa infetada está a contaminar, em média, 1,28 pessoas. A seguir surge Sintra com 1,17, Odivelas com 1,13, Loures com 1,09 e Lisboa com 1,03. Estes valores dizem respeito à média de cinco dias, entre 27 de maio e 5 de junho. Há, no entanto, outras regiões do País, onde a esta taxa de transmissão da doença é menor, como o Norte, que se situa nos 0.9. Por isso, a média nacional situa-se no 1.
Quadro apresentado na reunião com os especialistas
Este “Rt” é para os especialistas um dos valores mais importantes pois revela se a transmissão do vírus que provoca a Covid-19 está em fase crescente ou decrescente. Quando o “Rt” se situa abaixo de 1, é sinal de que a propagação está a baixar; se estiver acima, indica que está a crescer.
Na reunião, onde especialistas explicaram ao governo e à oposição o estado da pandemia no País, os peritos do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, que são responsáveis por fazer estas análises epidemiológicas, divulgaram dados deste “Rt” que dão conta dos níveis de contágio de norte a sul. E, de acordo com os gráficos apresentados, na Região de Lisboa e Vale do Tejo o valor do “Rt” está acima do 1 desde dia 29 de abril. A média de contágio nesta região foi, assim, entre 29 de maio e 5 de junho de 1,02. O centro do País tem também neste momento uma taxa média alarmante de 1,09, mas, segundo esclareceram os especialistas, estes dados precisam de ser ainda analisados, uma vez que o número de infetados não é elevado.
A grande preocupação para o Governo e para a Direção-geral de Saúde parece ser Lisboa e Vale do Tejo até porque é nesta zona que está a concentrar-se o número de internamentos e de mortes nacionais. Dados de dia 2 de junho, por exemplo, mostram que só na região metropolitana de Lisboa estavam internados 299 pessoas em enfermarias e 47 nos cuidados intensivos.
Ao todo em Portugal há até esta 34885 casos confirmados (Visão)
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