Valor negociado nestas moedas digitais multiplica por cinco durante o confinamento em Portugal, mostram dados da fintech britânica Revolut. Bitcoin é a mais popular. Acompra e venda de criptomoedas em Portugal subiu 60% entre março e maio de 2020, quando comparada com o mesmo período do ano anterior. Os dados, divulgados esta quarta-feira, dizem respeito à negociação de criptomoedas em Portugal através da plataforma financeira Revolut durante o período de pandemia do novo coronavírus. De acordo com a fintech britânica, a negociação deste ativo disparou junto dos 500 mil utilizadores em Portugal: o número de utilizadores a recorrer a este ativo triplicou em 2020. Já o montante negociado ultrapassou os 8,7 milhões de euros nos últimos meses, o que representa uma subida cinco vezes superior face ao mesmo período do ano.
A bitcoin é a criptomoeda mais popular, com a maioria dos utilizadores portugueses a recorrerem a este ativo (51,2%), a gastarem em média 760 euros a comprar este ativo e a lucrarem 930 euros com a sua venda. O montante de bitcoin negociado entre março e maio disparou mais de 80% face ao mesmo período de 2019. Depois da bitcoin, é a ethereum que os investidores preferem (15,3%), seguindo-se a ripple (15,2%), a litecoin (9,2%) e a bitcoin cash (9%). Os principais investidores portugueses têm entre 25 e 34 anos.
Recorde-se que a Revolut passou a disponibilizar a negociação de criptomoedas em 2017, começando com a bitcoin, a litecoin e a ethereum. Só mais tarde adicionaria a ripple e a bitcoin cash. Em abril, passou a disponibilizar esta possibilidade aos clientes do plano básico (Standard), além daqueles que subscrevem os planos pagos (Premium e Metal), na sequência da crise provocada pela pandemia de covid-19.
A fintech britânica fundada por Nik Storonsky e Vlad Yatsenko popularizou-se como uma alternativa mais barata aos bancos tradicionais. Mas ainda tem um longo caminho a percorrer para provar que é mais do que um banco barato para viajantes e que pode ser uma alternativa aos bancos tradicionais nos países de origem dos seus utilizadores.
Além disso, a Revolut ainda não é rentável: os seus prejuízos duplicaram em 2018 (o último ano para o qual há dados disponíveis), para 32,8 milhões de libras (36,6 milhões de euros), com os custos diretos a aumentarem 247% à boleia da emissão de cartões, encargos associados a parceiros e custos de aquisição de clientes. Já as receitas registaram um crescimento significativo, de 354%, face a 2017, totalizando 58,2 milhões de libras (65 milhões de euros) (Expresso, texto da jornalista Maria João Bourbon)
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