terça-feira, dezembro 18, 2018

Comércio do Funchal: é urgente fazer alguma coisa

Eu lembro que a problemática do comércio tradicional na baixa citadina do  Funchal (e curiosamente em Braga, que conheço bem, notamos um fenómeno algo semelhante), sobretudo numa lógica de futuro e não de procurarmos remendos em função das épocas do ano. Mais do que a modernização da oferta, é apenas uma opinião pessoal, há que diversificar essa oferta, complementando-a com a concorrência que aos poucos tem sido a causa da morte lenta do comércio tradicional. Há uma campanha de marketing agressiva e pragmática que precisa ser pensada e realizada para travar um epílogo que alguns começam a perspectivar no horizonte mais próximo. Nós não podemos vender um produto qualquer na baixa citadina a um preço superior ao que encontramos nas grandes superfícies, ainda por cima pagando estacionamento na cidade, porque as pessoas fazem as suas escolhas lógicas.
Com a nova direcção da ACIF, liderada pelo meu amigo Jorge Veiga França - desde os tempos do  Liceu - e com a Associação de Comércio e Serviços, acho que em 2019 poderia ser realizada uma iniciativa de debate sério sobre o futuro do comércio tradicional, quer em termos de oferta aos residentes, quer em termos do que fazer quando a cidade é visitada por milhares de turistas a bordo de navios que param no Funchal aos fins-de-semana.
Finalmente acresce que o PSD apresentou uma proposta de estacionamento gratuito no Funchal, na quadra natalícia, que até podia ser parcial se assim decidissem, proposta que acabou por ser recusada pela maioria na CMF, o que significa que com o estacionamento pago e sem ter uma oferta diferente às ofertas das grandes superfícies, o que temos são as contradições de quem na autarquia diz que apoia o comércio tradicional mas é incapaz de ver a lenta agonia do sector e vai recusando medidas que não sendo salvadoras podiam ajudar a travar esse fenómeno perigoso e que pode ter graves consequências económicas e sociais. Pensem nisso a serio e recuem no fundamentalismo da recusa sistemática a tudo o que a oposição apresenta na cidade (LFM)

Sem comentários: