Segundo o Expresso, uma “sondagem da
Eurosondagem para o Expresso e a SIC relativa ao mês de dezembro mostra uma
subida socialista nas intenções de voto. A Direita recua. O PDR de Marinho e Pinto
e o Livre de Rui Tavares, juntos, já ultrapassam o BE. Duas semanas depois do
congresso de Lisboa e em pleno furacão José Sócrates, o PS de António Costa
consegue uma nova subida. Os socialistas já estão praticamente nos 38%
registados em maio quando o partido era liderado por António José Seguro. Aliás,
desde que António Costa foi eleito (como candidato do partido a
primeiro-ministro) nas primárias de setembro, o PS cresceu 4,5 pontos
percentuais. E o PSD, em igual período, caiu 2,8. Nas contas deste estudo, o
Partido Socialista alarga a distância em relação à soma dos partidos da
coligação. Agora, a diferença entre PS e PSD/CDS é de cinco pontos - há um mês
era de quatro. E já falta menos de um ano para as eleições legislativas. No
capítulo da popularidade, há uma descida generalizada dos intervenientes e
organismos. Quanto a António Costa, que é avaliado pela primeira vez,
estreia-se em alta recolhendo o maior número de preferências positivas. Mas é
preciso lembrar que António José Seguro também era um habituée no topo deste
ranking. No que toca aos outros, registe-se a subida dos chamados pequenos
partidos. O Livre de Rui Tavares, que tantas vezes tem aparecido na fotografia
com António Costa, cresce, ainda que muito ligeiramente, em relação à última
sondagem. Sublinhe-se ainda a estreia do PDR, o partido de Marinho e Pinto, que
entra bem e com uns 2,2% de assinalar.Ou seja, com estes resultados, o cerco
aperta para o partido das "seis cabeças" de Catarina Martins (juntos,
o Livre e Marinho Pinto já ultrapassam o Bloco). Ainda assim, e depois do que
se passou na última convenção com as divisões mais expostas do que nunca, a
descida do BE é muito ligeira. Mas os números globais do partido não são bons. E
a tendência não augura nada de muito melhor.
FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem
S.A. para o Expresso e SIC, de 4 a 10 de dezembro de 2014. Entrevistas
telefónicas realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados. O
universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e
habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por
região: Norte (20,3%); A.M. do Porto (14,5%); Centro (28,3%); A.M. de Lisboa
(27,0%) e Sul (9,9%), num total de 1036 entrevistas validadas. Foram efetuadas
1240 tentativas de entrevistas e, destas, 204 (16,5%) não aceitaram colaborar
neste estudo. A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e
entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos
tempo. Desta forma resultou, em termos de sexo: feminino - 51,7%; masculino -
48,3% e, no que concerne à faixa etária, dos 18 aos 30 anos - 17,4%; dos 31 aos
59 - 50,2%; com 60 anos ou mais - 32,4%. O erro máximo da amostra é de 3,04%, para
um grau de probabilidade de 95%. Um exemplar deste estudo de opinião está
depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.