quarta-feira, dezembro 04, 2013

Brasil gasta mais em estádios do que os últimos dois Mundiais

Segundo o Económico, num texto do jornalista Paulo Jorge Pereira, "estão em causa 2,5 mil milhões, enquanto Alemanha e África do Sul somaram 2,1 mil milhões de euros. O processo de remodelação e construção dos 12 estádios que, no Verão do próximo ano, vão receber jogos do Mundial no Brasil deve envolver gastos na ordem dos 2,5 mil milhões de euros (oito mil milhões de reais ou 3,4 mil milhões de dólares), montante superior ao somatório dos dois últimos Mundiais com idêntico processo. Os números são do Sindicato Nacional de Arquitectura e Engenharia (SINAENCO) brasileiro, revelando ainda outros dados relativos aos recintos. Na Alemanha, em 2006, o processo para o mesmo número de estádios custou 1,1 milhões de euros, qualquer coisa como 3,6 milhões de reais ou 1,5 mil milhões de dólares. Quatro anos depois, na África do Sul, foram gastos mil milhões de euros (3,2 milhões de reais ou 1,4 mil milhões de dólares) com 10 estádios. Nessa altura, a estimativa para o caso brasileiro cifrava-se em 1,7 mil milhões de euros (5,4 mil milhões de reais ou 2,3 mil milhões de dólares).
A terceira vez do Maracanã
Por outro lado, o documento indica que o estádio cuja construção implicou um custo mais elevado é o Mané Garrincha de Brasília: 1,4 mil milhões de reais, ou seja, 614 milhões de dólares que equivalem a 450 milhões de euros.  Logo a seguir surge a remodelação do Estádio do Maracanã - que já fora alvo de obras em 2000 para o Mundial de Clubes e sete anos mais tarde tendo em vista os Jogos Pan-Americanos - com custos de 300 milhões de euros (cerca de mil milhões de dólares ou 1,2 mil milhões de reais). Os números foram divulgados depois de se retomarem as obras no Itaquerão, o estádio paulista que servirá como casa do Corinthians depois da competição, no qual se registou um acidente (queda de grua que colocava a última parte da cobertura) que causou a morte a dois operários. Foi a terceira vez que houve problemas nas obras de recintos do Mundial - em Junho do ano passado já se registara o episódio de um ajudante de carpinteiro que morreu após cair de uma altura de 30 metros no Estádio Mané Garrincha em Brasília; em Março deste ano, outro operário morreu ao precipitar-se no vazio, a cinco metros de altura, nos trabalhos da Arena da Amazónia em Manaus".