sábado, dezembro 28, 2013

Sondagem Jornal i/Pitagórica: PS continua distante da maioria absoluta

Segundo o Jornal I, "os partidos da maioria no governo recuperam mais de dois pontos nas intenções de voto face aos resultados registados em Outubro. O PS mantém rigorosamente a percentagem de Outubro, mas no conjunto a esquerda parlamentar desce no barómetro i/Pitagórica de Dezembro. Ainda assim, contas feitas às intenções de voto, socialistas, PCP e BE mantém uma percentagem esmagadora, com quase 55% dos votos. A actual maioria no parlamento até recupera algum fôlego junto dos portugueses, mas surge a vinte pontos de distância, com 34,7% dos votos. Com os números deste mês o PS consegue, pela terceira vez, repetir o melhor resultado do ano. De resto, desde o passado mês de Março que os socialistas vêm assinalando uma subida discreta nas intenções de voto. Em dez meses passaram de 28,6% para os actuais 36,7%. Apesar disso, a meta da maioria absoluta a que António José Seguro apelou no congresso de Abril está longe de ser alcançada. Neste momento, nem tocando no máximo da margem de erro do barómetro - de 4,5%, o que catapultaria o PS para os 41,2% - o partido conseguiria a marca desejada. Os socialistas apenas uma vez alcançaram a maioria absoluta - em 2005, pela mão de José Sócrates, o PS alcançou 45,03% dos votos. Seria preciso ao PS estender a mão a qualquer um dos partidos com assento parlamentar para conseguir uma governação mais segura, com a maioria dos lugares na Assembleia da República. Nesse caso, a coligação mais arriscada passaria por levar o Bloco de Esquerda para o governo, uma vez que os bloquistas não vão além dos 6,7% das intenções de voto, em Dezembro - a uma décima do pior resultado de 2013, registado em Outubro. Juntos, os dois partidos obtém uma percentagem de 43,4%, que não garante uma maioria absoluta. O PCP é o único partido à esquerda a baixar as intenções de voto, e desce tanto quanto sobe o PSD: dois pontos, para os 11,2%. Os comunistas fecham o ano a reforçar a exigência de demissão do governo. E a aproximarem-se do resultado mais baixo de 2013. Em Fevereiro, ficaram-se pelos 10,7%. Junho e Outubro foram os meses com melhor resultado para o PCP, que subiu então aos 13,2%. Considerando as percentagens deste mês, um governo do PS e PCP conseguiria 47,9% dos votos. Portanto, a maioria absoluta.
MAIORIA A SUBIR
Mesmo juntos, os partidos da direita estão longe de repetir o resultado das últimas legislativas, que lhes garantiu a actual maioria no parlamento. No último barómetro do ano, o PSD descola do resultado negro de 2013 (23,7% dos votos), ao subir para os 25,7% das intenções de voto, caso as eleições fossem hoje. Olhando mais à direita, o CDS segue as pisadas do parceiro de coligação. Distanciando-se dos 8,1% obtidos no mês da crise política - provocada pela subida de Maria Luís Albuquerque à pasta das Finanças e o consequente pedido de demissão "irrevogável" de Paulo Portas -, os centristas chegam aos 9% de possíveis votos, uma subida de quatro décimas.
BLOCO CENTRAL
Em 1983, PS e PSD reuniram 63,35% dos votos. Não há legislativas no horizonte imediato (com o esfriar do verão quente deste ano, o sufrágio voltou a ser fixado em 2015), mas a reedição do Bloco Central tem sido sugerida e não foi ainda afastada do cenário político nacional. Porém, a realizar-se agora, seria um centrão um pouco mais austero, uma vez que os dois partidos reúnem, em conjunto, 62,4% das intenções de voto"