segunda-feira, junho 03, 2013

Sondagem Jornal I: Reforma mais tarde? Maioria dos inquiridos diz "não"

Oito em cada dez inquiridos discorda da reforma aos 66 anos
É clara a oposição à vontade do governo de subir a passagem à reforma para os 66 anos de idade: quase 78% dos inquiridos no barómetro i/Pitagórica discorda da opção, com destaque para os eleitores da CDU e BE entre os 35 e os 54 anos. No entanto, 19,5% dos participantes secundam a posição do executivo, dando aval a uma extensão de um ano no tempo total de descontos. 
Não importa sol ou sombra
"Não há dinheiro, qual é a parte que não percebe?", terá dito Vítor Gaspar ao ministro da Economia. Para os portugueses, que as contas do país estejam pelas ruas da amargura não é razão para fazer o mesmo às contas dos pensionistas - 77,3% dizem que, para o cálculo das pensões, o governo não deve ter em conta a situação económica do país. Do outro lado, quase um quarto dos inquiridos (24%) entende que não há como contornar o momento difícil actual. 
Stop aos 1500 EUROS
O cinto não pára de apertar e o governo vê nas pensões o bote de salvação das contas públicas. E ainda que 20,3% dos inquiridos rejeitem limites nas reformas (terceira opção mais escolhida), as posições dividem-se. A maioria (25,5%) aceita que o valor máximo a pagar pelo Estado se fique pelo intervalo dos ?1000 aos ?1500 e 22,5% aceitam ir até aos ?2500. A minoria (8,8%) é generosa e admite pensões superiores a ?3000. 
Equilibrar a balança
O governo já sublinhou a discrepância entre os valores das pensões do sector público e do privado (para o bem e para o mal). Há, agora, que acertar os pratos da balança e 69,1% dos participantes diz isso mesmo. 4,8% nem querem ouvir falar na questão. 
NEO-quê? 
Apesar da intransigência nas pensões, 35,5% das pessoas entende que a sustentabilidade da Segurança Social depende das alterações em curso na idade e valores da reforma. Renegada para último plano fica a ideia de que o governo responde a uma agenda neoliberal de transformação social" (Jornal I)