segunda-feira, janeiro 21, 2013

Ex-ministro reclama 53,6 milhões ao BPN!

Segundo o Correio da Manhã, num texto do jornalista António Sérgio Azenha, "o antigo ministro da Saúde Arlindo Carvalho pede ao BPN, no âmbito de processos judiciais contra aquele banco, uma indemnização total de 53,6 milhões de euros. Como o Estado já pagou ao BPN, através da sociedade pública Parvalorem, os créditos da mesma ordem de grandeza que este banco concedera ao grupo do ex-governante, a Pousa Flores, os cofres públicos correm o risco de sofrer um prejuízo elevado. Arlindo Carvalho e o sócio José Neto, donos da Pousa Flores, querem que o BPN seja condenado em tribunal a executar os contratos de compra de imóveis e ações de sociedades, que foram adquiridos pela Pousa Flores com créditos do próprio BPN. Nas varas cíveis do Tribunal de Lisboa, correm três ações da Pousa Flores contra o BPN. Em cada uma delas é pedida uma indemnização elevada: 26,5 milhões de euros, no caso da empresa proprietária da Herdade da Miséria (concelho de Lagos); 14,4 milhões no processo das empresas ATX II e ATX Software; e 12,7 milhões no caso da Sociedade Palácio das Águias. O diferendo arrasta-se desde 2009, também com ações judiciais do BPN contra a Pousa Flores. Para resolver o litígio, a Pousa Flores, segundo fonte próxima deste grupo, fez chegar à Parvalorem uma proposta: para saldar a dívida, dá os ativos de várias sociedades e desiste das ações contra o BPN. A proposta será, segundo apurou o CM, difícil de aceitar, dada a diferença de valores entre os ativos e os créditos em dívida. O CM contactou a Parvalorem, que recusou fazer comentários. A Parvalorem pagou ao BPN os créditos da Pousa Flores em dezembro de 2010. Como havia ações judiciais cruzadas, os créditos ficaram no BPN mas assinou-se um contrato de promessa da sua cessão à Parvalorem assim que estiver resolvido o diferendo. Quando isso acontecer, será o BIC a devolver os créditos à Parvalorem".