terça-feira, janeiro 29, 2013

Encontro entre Costa e Portas alarma Seguro e Passos

Segundo o jornalista do Correio da Manhã, Paulo Pinto Mascarenhas, “a intriga no PS está ao rubro. António José Seguro segue de perto todos os movimentos de António Costa e ficou alarmado com um almoço que reuniu o presidente da Câmara de Lisboa com o ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, no Palácio das Necessidades. No PSD de Passos Coelho também se comenta o encontro de António Costa com Paulo Portas. Em causa está a guerra aberta a Seguro lançada esta semana pelos apoiantes de António Costa na corrida à liderança do PS, que exigem um congresso eletivo antes das autárquicas.  O almoço de Costa nas Necessidades foi visto por alguns dirigentes próximos do líder socialista como um sinal de que Costa começou a verificar as condições no terreno para avançar, para além do PS. Isto depois de António José Seguro ter acenado, nas jornadas parlamentares do PS da semana passada, a entendimentos pós-eleitorais com um PSD sem o "radicalismo ultraliberal" de Passos.Apesar de o alarme ter soado na direção do PS, que já convocou uma reunião da Comissão Política Nacional para a próxima terça-feira, fontes próximas de António Costa e Paulo Portas desvalorizam o almoço de quarta--feira, marcado para a despedida do embaixador argentino em Portugal.  A propósito, fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa acrescenta mesmo que Costa estará presente em novo almoço nas Necessidades com Portas já para a semana, desta vez para as despedidas do embaixador espanhol.  Entre os socialistas, contam--se espingardas. Ainda ontem, mais um deputado da ala socrática, o antigo porta-voz do PS de José Sócrates, Vitalino Canas, afirmava que a sua "preferência seria que o congresso se realizasse antes das autárquicas, mas sem qualquer drama e sem qualquer intenção escondida". Francisco Assis, por seu lado, afastava-se da "urgência" sentida pelos socráticos na marcação do congresso, defendendo não ter visto "nos últimos dias" alguém "dizer que tinha vontade em ser candidato a secretário--geral do PS". Mais: "Quanto a vontades de longo prazo, todos nós podemos ter muitas", argumentou Assis.