Escrevem os jornalistas do Económico, Bruno Proença e Nuno Miguel Silva que "quem comprar a ANA vai ter a oportunidade de vender algum dos aeroportos nacionais. A versão preliminar do futuro contrato tem uma cláusula que prevê que o vencedor da privatização poderá posteriormente vender alguma das infra-estruturas que está actualmente no perímetro da gestora aeroportuária nacional. Esta questão é importante quando se sabe que, entre os empresários do Norte do País, há quem defenda que o aeroporto Sá Carneiro, do Porto, pode ser gerido fora da ANA. O presidente da Junta Metropolitana do Porto, Rui Rio, e o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, têm sido as vozes mais insistentes na necessidade de separar a gestão do aeroporto Sá Carneiro do processo de privatização da ANA. Já no tempo dos anteriores Governos socialistas, este ‘lobby' tinha recebido o contributo das empresas Sonae e Soares da Costa, que mostraram disponibilidade para gerir esta infra-estrutura aeroportuária. Assim, se surgirem interessados em algum dos aeroportos, desde o Sá Carneiro ao de Faro, passando pelos da Região Autónoma dos Açores ou de Beja, o futuro concessionário privado da ANA terá liberdade para alienar esse(s) activo(s), provavelmente sob a forma legal de uma ou mais subconcessões".
