segunda-feira, outubro 29, 2012

Entreviosta: Drogas legais têm levado muitos jovens açorianos ao hospital

"Em entrevista ao ‘Correio dos Açores’, Suzete Frias, responsável pela associação ARRISCA, confirma que “o número de pessoas a consumir este tipo de substâncias tem vindo a aumentar nos Açores pois a acessibilidade a estas é maior. O facto do efeito de grande parte destas substâncias ser imprevisível leva ao reforço da compulsão para experimentar os seus efeitos”.
Correio dos Açores - Tem tido, enquanto responsável pela Arrisca ou enquanto psicóloga, conhecimento de situações que envolvam jovens e não só, nos Açores, e o consumo das chamadas “drogas legais”? Pode contar-nos algumas situações de que tem conhecimento, nomeadamente que consumos, idades dos consumidores, como adquiram estas mesmas drogas, que encaminhamento médico fizeram ou foi-lhes aconselhado
Suzete Frias - A ARRISCA tem acompanhado vários utentes que consomem estas substâncias, alguns já eram seguidos por nós devido a dependência de drogas ilegais as idades variam desde os 16 anos até aos quarenta e poucos. O encaminhamento dos casos mais graves foi feito para o continente algumas até unidades de duplo diagnóstico sendo que um deles apresenta já uma psicose irreversível e transitou já para a unidade de psiquiatria do Sobral Cid em Coimbra. Quando os consumos não são sistemáticos introduz-se no tratamento a psicoeducação acerca do impacto das mesmas. Para além da possibilidade de compra nas smartshops muitas vezes a encomenda é feita através da internet circuito de venda sem fronteiras. Uma grande porção dos nossos utentes do Programa de Tratamento por substituição Opíacea (cerca de 60%) já experimentaram, sendo que 40% são consumidores activos e sistemáticos". Leia aqui a entrevista na íntegra no Correio dos Açores.