Segundo o Sol, "o Governo terá de apresentar à ‘troika’ uma análise detalhada da despesa pública para explicar como vai poupar mais 4 mil milhões de euros em 2014 e 2015, especificando as medidas até final de Fevereiro de 2013. «Uma análise extensiva da despesa para especificar em pleno fontes adicionais de poupança será levada a cabo a tempo da sexta revisão (prevista para Novembro) e as medidas terão de ser completamente especificadas até meados de Fevereiro de 2013 a tempo da sétima revisão. O plano de consolidação orçamental para 2014-2015 será completamente detalhado no Programa de Estabilidade e Crescimento de 2013», diz o memorando revisto da ‘troika’. Os documentos divulgados hoje pelo Fundo Monetário Internacional especificam que para este período o Governo terá de encontrar poupanças de quatro mil milhões de euros através de cortes de despesa, sendo que o programa terminará em 2014 caso tenha sucesso, sendo o défice previsto para esse ano de 2,5% do Produto Interno Bruto. O Fundo lamenta ainda que o esforço de ajustamento orçamental para 2013 seja sobretudo do lado da receita, particularmente porque «os resultados decepcionantes» até agora obtidos com aumentos de impostos aumentam os riscos para o cumprimento das metas. Durante as negociações da quinta revisão, o FMI «frisou que mais cortes nas transferências sociais» ajudariam ao cumprimento das metas orçamentais. No entanto, «as autoridades [portuguesas] acharam demasiado difícil identificar mais cortes à despesa nesta fase»