quarta-feira, outubro 24, 2012

UTAO diz que previsões do Orçamento têm "margem de erro superior à habitual"...

Li aqui que "a Unidade Técnica de Apoio Orçamental alerta para a "margem de erro superior à habitual" nas projeções para a economia portuguesa contidas na proposta de Orçamento do Estado para 2013 e que não se deve excluir uma maior recessão. "As projeções para a evolução da economia portuguesa encontram-se rodeadas de uma enorme incerteza e, portanto, com uma margem de erro superior à habitual, pelo que não será de excluir que os efeitos recessivos das novas medidas de consolidação orçamental possam vir a ser superiores aos projetados pelas entidades oficiais", diz a unidade numa análise preliminar à proposta de Orçamento do Estado para 2013 enviada hoje aos deputados. Os técnicos apontam a conjuntura externa, em especial no que diz respeito aos principais parceiros comerciais, mas também no que diz respeito à estratégia de consolidação escolhida pelo Governo demasiado dependente do lado da receita - em particular das receitas fiscais. "Para esta incerteza concorrem ainda, a nível interno, os efeitos não completamente previsíveis da estratégia de consolidação orçamental assente no aumento das receitas e na (consequente) resposta do setor privado no que respeita ao investimento e ao consumo/poupança", dizem os técnicos.A UTAO relembra as previsões de várias entidades externas, como bancos internacionais, para a evolução do PIB em 2013 e diz que o facto de estas serem mais pessimistas "não deixa de constituir uma preocupação quanto à possibilidade de cumprimento dos objetivos orçamentais definidos para 2013", sublinhando no entanto que os técnicos não dispõem de projeções macroeconómicas. Para além das previsões em si, a UTAO destaca também o impacto no sentimento do mercado o facto de serem essencialmente bancos a fazerem estas previsões".