quinta-feira, outubro 25, 2012

Presidente do BCP diz que foi o banco que pagou a pensão de Jardim Gonçalves...

Escreve o jornalista do Publico, Luciano Alvarez, que "o anterior presidente do BCP, Jardim Gonçalves, disse que a sua pensão nada custou ao banco, mas o actual líder diz que foi a instituição que pagou a pensão, que rondará os 175 mil euros por mês. O actual presidente do BCP, Nuno Amado, colocou esta noite em causa a palavra do seu antecessor, Jardim Gonçalves, estranhando, numa entrevista à TVI24, que o banco tivesse avançado com um processo em tribunal ao antigo presidente por causa da sua pensão, sem primeiro ter tentado um acordo. Jardim Gonçalves afirmou esta semana que o banco nunca tentou um acordo para baixar a pensão que aufere actualmente, não revelando o valor, mas que, segundo foi noticiado e não desmentido, ronda os 175 mil euros por mês. Nuno Amado também não revelou o valor da pensão de Jardim Gonçalves, estabelecida pela anterior administração, mas manifestou estranheza: "Parece-me que se há um processo em tribunal é porque não houve acordo." O actual presidente disse que lhe custa falar deste processo, mas revelou que o processo em tribunal visa apurar se os ex-administradores podem ter pensões maiores que os actuais administradores. E revelou o valor do seu ordenado mensal: "29 mil euros brutos". Jardim Gonçalves também tinha afirmado que a sua reforma "não custa nada ao banco". Nuno Amado disse o contrário: "São reformas que foram pagas pelo BCP." O actual presidente do BCP, que está há oito meses à frente do banco, admitiu que as guerras entre os antigos administradores tiveram custos para o banco e disse esperar que os processos que correm em tribunal não caduquem. "Seria um crime se os processos caducassem sem haver uma solução. Espero que não haja impunidade. Quem é inocente é inocente, quem é culpado é culpado", acrescentou. Na entrevista à TVI24, Nuno Amado revelou ainda que o banco pretende começar a pagar, em meados de 2014, os três mil milhões que teve de ajudas do Estados. Revelou também que o BCP teve um prejuízo de 500 milhões de euros com a participação num banco grego".