Li no Jornal I que "a parceria entre Rui Pedro Soares e Emídio Rangel, que prevê o lançamento de um novo grupo de comunicação social, está em vias de não se concretizar. Segundo o i apurou, o antigo administrador da Portugal Telecom terá tentado negociar os direitos de transmissão da liga espanhola de futebol com vários canais de televisão portugueses à revelia de Rangel, o que poderá ter afastado o principal investidor, tornando o projecto inviável. Recorde-se que o projecto do ex-director da TSF - que conta, entre outras, com a participação financeira de Rui Pedro Soares - tem como principal investidor o grupo espanhol Mediapro, com quem Rangel terá negociado os direitos de transmissão da liga espanhola a partir de 2012. Segundo fontes próximas do projecto, terá sido nesta fase de negociação que surgiu o nome de Rui Pedro Soares, encarregado de encontrar uma alternativa à SportTv, estação de televisão que não estaria disposta a pagar o preço pedido pelos direitos de transmissão em Portugal da liga espanhola. Mas, ao contrário do que o grupo espanhol previu, a venda dos direitos terá sido conduzida pelo ex--administrador da PT, sem conhecimento quer de Rangel, quer da administração da Mediapro. E é aqui que Emídio Rangel parece ter visto o seu projecto ameaçado. Segundo fontes próximas do ex-director da TSF, os administradores da Mediapro - que em Espanha detém o jornal "Público" - ter-se-ão sentido "traídos" pelos parceiros portugueses. E sem o capital espanhol, o projecto do semanário, rádio e website torna-se "inviável". Emídio Rangel, consultor deste grupo em Portugal, esteve em Barcelona recentemente para tentar convencer a administração da Mediapro de que nada teve a ver com essa negociação. O i tentou contactar o jornalista, mas até ao fecho desta edição não foi possível obter qualquer declaração. Prazos cumpridos Questionado sobre se o projecto para a criação de um novo semanário estava em risco, Rui Pedro Soares referiu ao i que "pelo contrário", escudando-se depois no facto de não ser o accionista maioritário para não adiantar mais pormenores sobre o assunto. "Sou accionista minoritário e, neste momento, não posso adiantar mais nada", acrescentou. Por seu lado, Jorge Schnitzer, que terá a seu cargo a rádio Europa - entretanto autorizada pela ERC a ser convertida numa rádio de informação - garantiu que o projecto também "está a andar". "Todos os prazos de contratos estão a ser cumpridos", garantiu. Mas, segundo fontes conhecedoras deste projecto, sem a participação financeira da Mediapro "a compra da rádio torna-se inviável", já que o negócio obriga a um investimento de 4 milhões de euros”.
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