Diz a jornalista do Económico, Eudora Ribeiro que "completam-se amanhã dois anos desde a falência da Lehman Brothers. Richard Fuld (na foto) foi o último CEO. E dois anos depois, há muito terreno por recuperar na Europa, nomeadamente na banca, onde apenas um em cada quatro bancos apresenta um saldo positivo neste período. Dois anos depois, só 13 dos 53 bancos europeus que compõem o índice da Bloomberg para o sector anularam as perdas registadas desde a falência do histórico norte-americano. A 15 de Setembro de 2008 o Lehman Brothers declarava falência, naquela que foi a primeira peça de dominó a cair de uma construção que até hoje não levantou. É que a falência da Lehman lançou o caos sobre o sistema financeiro mundial, um cenário que rapidamente se propagou à economia real e originou uma das mais profundas recessões que o mundo desenvolvido conheceu. É neste cenário que dos 53 bancos que figuram do índice da Bloomberg para a banca, só 13 recuperaram das perdas desde a falência do histórico Lehman Brothers.Com os melhores desempenhos surge o britânico Experian, que ganha 60% desde 15 de Setembro de 2008, seguido pelo britânico Standard Charter (58%) e do francês Natixis (58%). A fechar o ‘top 5' dos que melhor recuperaram desde a queda da Lehman está o norueguês DNB Nor ASA e o também britânico IG Group.Das instituições financeiras que compõem o índice da Bloomberg para a banca europeia, os dois portugueses, BCP e BES, estão entre os 20 piores. É que o banco liderado por Carlos Santos Ferreira ainda perde 47% desde 15 de Setembro de 2008, em 44º lugar, enquanto a instituição dirigida por Ricardo Salgado acumula um saldo negativo de perto de 30%, no 35º lugar da tabela. Nos últimos lugares da tabela estão sobretudo bancos gregos e alemães. O Bank of Ireland tomba 77% desde 15 de Setembro de 2008, enquanto o Royal Bank of Scotland perde mais de 76%. Já os gregos National Bank of Greece e Alpha Bank e os alemães Dexia e Commerzbank derrapam mais de 59% desde a falência da Lehman, registos a que não estão alheios a recente crise de dívida que abalou a Europa".
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