Escreve o jornalista do Expresso, Jorge Nascimento Rodrigues, que "a probabilidade de incumprimento da dívida soberana portuguesa está, de novo, em alta. Hoje à tarde está a situar-se acima dos 25% e ultrapassou o Iraque e o Dubai no "clube da bancarrota". A situação é instável, podendo o país entrar num sobe-e-desce. A Irlanda conserva o 6º lugar e a Grécia o segundo posto. Portugal subiu, esta tarde, do 9º para o 7º lugar do "clube da bancarrota" formado pelos 10 países do mundo com maior probabilidade de default (incumprimento) da sua dívida soberana num horizonte de cinco anos, segundo o monitor de risco da CMA DataVision, que cobre mais de seis dezenas de países e mais de 1200 emissores de credit default swaps (cds, seguros contra o risco de incumprimento).
O país já chegou ao sexto lugar do "clube" em 27 de abril quando atingiu o pico de 28,43% de probabilidade de default e um preço dos cds próximo dos 400 pontos base. Hoje está acima dos 25% e ultrapassou, em poucas horas, o Iraque e o Dubai nesse TOP 10 de maior risco, mas, ainda, está a uma distância de mais de dois pontos percentuais da Irlanda, que conserva a 6ª posição e uma probabilidade de incumprimento próxima de 28%.
A situação é, no entanto, instável, podendo Portugal entrar num sobe-e-desce com os seus vizinhos no ranking.
Depois de uma diminuição no preço dos cds relativos à dívida soberana dos sete países mais em foco na zona euro - Grécia, Irlanda, Portugal, Hungria, Roménia, Espanha e Itália - no começo da semana, bem como das yields (remunerações) a 10 anos pagas aos tomadores de títulos do tesouro, a situação inverteu-se hoje.
Efeito dos testes de stresse desvaneceu-se
Quatro meses depois da resposta de Bruxelas à crise da zona euro em maio e mais de um mês depois da divulgação dos resultados da avaliação ao sistema bancário europeu, o "clube" mundial dos dez países com maior probabilidade de incumprimento da dívida soberana alberga três membros da União Europeia, entre os quais três da zona euro (Grécia, Irlanda e Portugal) e um (Grécia) com intervenção do Fundo Monetário Internacional.
Portugal, depois de ter saído no final de junho desse "clube" dos 10 mais onde entrara em 21 de abril, voltou a reingressar a 24 de agosto, acompanhando o disparo da deterioração acelerada da situação na Irlanda, derivada da situação muito grave do seu sistema bancário.
A situação portuguesa é hoje pior do que quando se divulgaram os resultados dos testes de stresse da banca europeia a 23 de julho. Ainda não voltou a atingir os picos de probabilidade de default a cinco anos e de yields (remunerações) das obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos ocorridos durante a crise da zona euro a 6 de maio - 32,63% de risco e 6,33% nas yields - mas tem mantido uma tendência altista.
Desde que a agência Moody's decretou o estado de "morte lenta" a Portugal e à Grécia a 13 de janeiro deste ano que o preço dos cds subiu mais de duas vezes e meia. Este preço serve de termómetro da expectativa a cinco anos que os grandes investidores, e sobretudo os especuladores, neste mercado de derivados, têm sobre a solvência do país.Entre a divulgação dos resultados dos testes de stresse à banca europeia (incluindo os quatro bancos portugueses analisados, que, então, passaram nos testes) no dia 23 de julho e hoje, o custo dos cds aumentou mais de 70 pontos base, a probabilidade de incumprimento "engordou" mais de 5 pontos percentuais e as yields subiram para próximo dos 5,8%".
O país já chegou ao sexto lugar do "clube" em 27 de abril quando atingiu o pico de 28,43% de probabilidade de default e um preço dos cds próximo dos 400 pontos base. Hoje está acima dos 25% e ultrapassou, em poucas horas, o Iraque e o Dubai nesse TOP 10 de maior risco, mas, ainda, está a uma distância de mais de dois pontos percentuais da Irlanda, que conserva a 6ª posição e uma probabilidade de incumprimento próxima de 28%.
A situação é, no entanto, instável, podendo Portugal entrar num sobe-e-desce com os seus vizinhos no ranking.
Depois de uma diminuição no preço dos cds relativos à dívida soberana dos sete países mais em foco na zona euro - Grécia, Irlanda, Portugal, Hungria, Roménia, Espanha e Itália - no começo da semana, bem como das yields (remunerações) a 10 anos pagas aos tomadores de títulos do tesouro, a situação inverteu-se hoje.
Efeito dos testes de stresse desvaneceu-se
Quatro meses depois da resposta de Bruxelas à crise da zona euro em maio e mais de um mês depois da divulgação dos resultados da avaliação ao sistema bancário europeu, o "clube" mundial dos dez países com maior probabilidade de incumprimento da dívida soberana alberga três membros da União Europeia, entre os quais três da zona euro (Grécia, Irlanda e Portugal) e um (Grécia) com intervenção do Fundo Monetário Internacional.
Portugal, depois de ter saído no final de junho desse "clube" dos 10 mais onde entrara em 21 de abril, voltou a reingressar a 24 de agosto, acompanhando o disparo da deterioração acelerada da situação na Irlanda, derivada da situação muito grave do seu sistema bancário.
A situação portuguesa é hoje pior do que quando se divulgaram os resultados dos testes de stresse da banca europeia a 23 de julho. Ainda não voltou a atingir os picos de probabilidade de default a cinco anos e de yields (remunerações) das obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos ocorridos durante a crise da zona euro a 6 de maio - 32,63% de risco e 6,33% nas yields - mas tem mantido uma tendência altista.
Desde que a agência Moody's decretou o estado de "morte lenta" a Portugal e à Grécia a 13 de janeiro deste ano que o preço dos cds subiu mais de duas vezes e meia. Este preço serve de termómetro da expectativa a cinco anos que os grandes investidores, e sobretudo os especuladores, neste mercado de derivados, têm sobre a solvência do país.Entre a divulgação dos resultados dos testes de stresse à banca europeia (incluindo os quatro bancos portugueses analisados, que, então, passaram nos testes) no dia 23 de julho e hoje, o custo dos cds aumentou mais de 70 pontos base, a probabilidade de incumprimento "engordou" mais de 5 pontos percentuais e as yields subiram para próximo dos 5,8%".
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