terça-feira, setembro 14, 2010

Só tenho uma dúvida...

Só há uma coisa nesta confusão toda (aqui e aqui) - a qual não comento porque não estou identificado com os problemas, porque não pretendo deambular por situações paralelas ao exercício de certas actividades profissionais, aos múltiplos interesses e outras particularidades que elas implicam e abarcam - que me alimenta a dúvida: os enfermeiros, com o maior respeito que tenho pela profissão, e tenho, por acaso são médicos? E se os médicos começassem, vamos apenas teorizar, a chamar a si, por qualquer motivo ou decisão, actos clínicos que cabem no âmbito das competências de um enfermeiro, o que diriam estes? Não acham que é tempo de não procurar criar polémica por tudo e por nada, apenas para aparecerem nas fotografias de jornais ou nas imagens da televisão, tal a ânsia, para não dizer a dependência crónica, de um mediatismo comunicacional que também nalguns casos acaba por conduzir os seus protagonistas ao espalhanço? Não acham que vai sendo tempo de deixar de lado vaidades pessoais, eventuais ambições por lugares e começarem a trabalhar em prol do serviço regional de saúde, com problemas bem mais graves que não se compadecem com estas mediocridades? Que cada um, médico, enfermeiro, administrativo, funcionário indiscriminado, dirigente, faça o que tem, que fazer, no quadro das suas competências e da sua formação. Tenho a certeza que nessa articulação harmoniosa se obterá a eficácia que todos precisamos e queremos. E, já agora, quando se conta uma "história" conta-se tudo, desde a sua origem, explicando porque é que determinada situação acontece, onde é que ela mais acontece no país, como é que os despachos foram obtidos, etc.

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