Segundo o jornalista António Pereira do Correio da Manhã, “uma conversa mantida com Pinto da Costa permitiu a Jorge Jesus tornar-se no mais bem pago treinador português de sempre, a trabalhar na Liga, ao receber cerca de 2, 4 milhões de euros por ano, à razão de 200 mil euros/mês. O episódio sucedeu no último defeso, após o técnico ter levado o Benfica à conquista do título que fugia às águias há cinco anos. Pinto da Costa abordou Jesus e ofereceu-lhe valores que deixaram o técnico com a cabeça à roda. “O presidente do FC Porto não tinha nada a perder. Ou levava um treinador a quem já tinha tentado contratar ainda com Jesualdo Ferreira no comando da equipa, ou obrigava o inimigo de estimação a abrir os cordões à bolsa”, confirmou ao Correio Sport uma fonte bem colocada no processo. Foi escudado na proposta dos dragões que Jorge Jesus se apresentou na SAD benfiquista e fez valer o argumento de que seria obrigado a trocar o Benfica pelo FC Porto face à diferença abismal entre o salário que auferia no Benfica (500 mil euros/ano), e a proposta que lhe foi apresentada pelo FC Porto, a rondar, segundo ele, 200 mil euros/mês. O Correio Sport sabe que Luís Filipe Vieira ficou agastado com o comportamento do técnico, mas sem margem de manobra para prescindir de um treinador que tinha acabado de sagrar-se campeão nacional e conquistado o universo benfiquista com o futebol de alta qualidade praticado pela equipa durante toda a época, muito menos deixá-lo sair para o arqui-rival, FC Porto. Vieira tinha como trunfo o contrato de dois anos que o treinador tinha assinado com a SAD, mas também entendeu que de nada valia manter no clube um treinador contrariado. Oferecer condições superiores às do Benfica é uma estratégia que Pinto da Costa tem vindo a seguir com as águias e que já lhe permitiu desviar para o Dragão Cristian Rodriguez, Falcão, Álvaro Pereira e James Rodriguez. Salvio protagonizou o último episódio deste género, mas o jogador do Atlético de Madrid acabou por ser emprestado aos encarnados. Entre o treinador campeão de 2004-05, Giovanni Trapattoni, e o actual campeão, a diferença é de 1,8 milhões. O técnico italiano ganhava 600 mil euros, mais 100 mil do que outro treinador português que orientou o Benfica na ‘fase Vieira’: Fernando Santos, com um salário anual de 500 mil euros. Ronald Koeman ganhava 700 mil euros e os espanhóis Camacho e Quique Flores cerca de 1,5 milhões"
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