Li hoje no DN local um texto de opinião do ainda deputado socialista Maximiano Martins que revela ou uma forma tendenciosa, sectária e restritiva de analisar as eleições - mas isso fica com cada um - ou mais uma consequência, mais uma, do tal desconhecimento de que falei aqui e que leva pessoas a falarem de coisas que não tem a prévia preocupação em analisar de forma realista e com verdade. Mas quer o deputado socialista falar de abstenções nas europeias? Vamos a isso. O que se passa é que estamos perante um enorme equívoco de MM, que evidentemente perceberão, por via do comentário seguinte, porque afirmo isto e porque é preciso cada vez mais ter cuidado para que os políticos sejam levados a sério. Transcrevo primeiro as opiniões de Maximiano Martins:
"A abstenção nas eleições europeias foi elevadíssima por todo o lado. Os cidadãos sentem o Parlamento Europeu muito distante das suas preocupações diárias. Os cidadãos reagem em função da proximidade, valorizando os eleitos locais ou nacionais. Torna-se evidente que a eleição directa dos deputados europeus é uma decisão de base política sem validação popular. Parece ser impensável reequacionar se a eleição não deveria ser indirecta através dos parlamentos nacionais. Mas é paradoxal que a forte abstenção ocorra no momento em que o Tratado de Lisboa dá ao Parlamento Europeu poderes reforçados…".
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