Segundo a jornalista do Publico, Inês Sequeira, "o semanário "Sol" está em vias de passar a ser controlado por uma nova empresa accionista, contra a vontade de uma parte dos actuais investidores e sem que estes tivessem uma palavra decisiva no negócio, como está definido nos estatutos e no acordo parassocial da empresa que publica o jornal. Em causa está uma sociedade que se chama Newshold, e que está ligada a interesses angolanos.Na sexta-feira, dois accionistas - a "holding" de Joaquim Coimbra (JVC Holding), empresário de Tondela ligado ao PSD, e a Comunicação Essencial, empresa dos jornalistas fundadores e directores do projecto (José António Lima, José António Saraiva e Mário Ramires) - comunicaram ao conselho de administração do "Sol" que constituíram uma nova sociedade, a Nova Comunicação Essencial. Esta é detida em 80 por cento por esta dupla de accionistas e em 20 por cento pela Newshold, constituída recentemente.A Nova Comunicação Essencial recebeu, por sua vez, participações de 42 por cento de Joaquim Coimbra e de 8,83 por cento dos jornalistas no "Sol", o que equivale a uma posição total de 51 por cento". Mas segundo a mesma jornalista do Publico o negócio pafrece estar complicado: "O Banco Comercial Português (BCP) e a Imosider, accionistas em conjunto de um terço do semanário "Sol", exigem ter o direito de opção de preferência sobre outros 51 por cento do jornal que estão em vias de ser transferidos para uma nova sociedade, Newshold, que está ligada a um grupo luso-angolano.Em causa está a venda a este grupo de investidores desconhecidos, por um total de 1,9 milhões de euros, de 42,16 por cento do Sol nas mãos de Joaquim Coimbra, empresário dono da JVC Holding e ligado à Sociedade Lusa de Negócios (antiga dona do BPN), e de outros 8,83 por cento do grupo de jornalistas fundadores do projecto, liderado por António José Saraiva e por José António Lima. Joaquim Coimbra e o grupo de jornalistas fundadores ficariam como minoritários no capital, tal como o BCP e a Imosider.As respostas do BCP e da Imosider ao anúncio formal de que o negócio estava em vias de se concretizar foram dadas esta semana, exigindo que o negócio seja anulado e invocando as regras do acordo parassocial da empresa que publica o semanário. Existem todavia divergências sobre esta matéria, de acordo com uma fonte do grupo de jornalistas fundadores do projecto, o que pode levar todo o processo a prolongar-se nos tribunais".
Sem comentários:
Enviar um comentário