O drama na TAP (I)
Diz a jonalista Márcia Galrão do Diário Económico que "a TAP propôs ontem aos trabalhadores de terra e de cabine a suspensão de cláusulas do Acordo de Empresa por um período de um ano, “renovável”. A solução foi apresentada ontem aos sindicatos como a forma de superar a crise, salvaguardando a totalidade dos postos de trabalho. Entre os “sacrifícios” que a empresa solicita aos trabalhadores conta-se a anulação ou redução dos custos com horas extraordinárias, o adiamento no pagamento dos aumentos salariais que decorram da antiguidade ou da evolução profissional e o fim do pagamento por parte da empresa dos primeiros três dias de baixa. Em contrapartida, a TAP garante que manterá os níveis de emprego e os salários fixos que os trabalhadores já recebem e que “constituem a referência dos orçamentos familiares”, pode ler-se na nota enviada ontem aos trabalhadores e a que o Diário Económico teve acesso.Mas estas medidas estão longe de agradar aos sindicatos. Ao Diário Económico, Luís Rosa, do SITAVA (Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos), garante que o que foi proposto é “demasiado gravoso para trabalhadores que já têm este ano os seus salários degradados”. Além disso, considera que a proposta de suspender o AE por um ano, com a cláusula de renovável, é “apenas um cartão de visita para prolongar as medidas”. Os sindicatos reúnem-se segunda-feira para definir uma contra-proposta a apresentar à TAP, e reencontram-se com Fernando Pinto na terça-feira.As medidas anunciadas pelo presidente da TAP aos sindicatos fazem parte do pacote de 84 que Fernando Pinto tinha já anunciado como integrantes do Plano de Emergência Contra a Crise dos Combustíveis, numa altura em que o agravamento destes custos está estimado para 2008 em 350 milhões de euros e que a empresa diz ser “indispensável ser compensado pelo aumento das receitas e redução dos custos”.
Cortes à vista na TAP
Sem comentários:
Enviar um comentário