"Apesar dos esforços efectuados ao nível da regulamentação e dos processos de controlo, a fraude continua a representar uma ameaça significativa para as empresas em todo o mundo. De acordo com o relatório bianual “Economic Crime: People, Culture and Controls” da PricewaterhouseCoopers, quase metade das empresas analisadas foi vítima de alguma forma de crime económico entre 2005 e 2007. As perdas financeiras directas de cada empresa aumentaram cerca de 40%, de 1,7 milhões de dólares em 2005 para 2,4 milhões de dólares em 2007, em média. Conduzido em parceria com a universidade alemã Martin-Luther, de Halle-Wittenberg,o estudo que envolveu 5 400 empresas a nível mundial, revela que as empresas que foram vítimas de crime económico nos últimos dois anos (43%) registaram uma perda financeira directa total de mais de 4,2 mil milhões de dólares. As perdas resultam de diferentes tipos de crime económico que incluem a apropriação ilegítima de activos, fraude contabilística, suborno e corrupção, lavagem de dinheiro e usurpação de propriedade intelectual. Além dos custos financeiros directos decorrentes dos diferentes tipos de fraude, as empresas também registaram “danos colaterais” significativos nas suas operações quotidianas e no sucesso dos seus negócios. Das empresas que reportaram algum caso de fraude, 88% afirmam que tiveram impactos negativos na marca e no moral dos colaboradores, 84% referem que prejudicaram as relações com outras empresas e aumentaram os custos com os reguladores e 69% declaram que a fraude afectou negativamente o preço das suas acções. O relatório revela que o crime económico é um fenómeno universal, que afecta empresas de todas as dimensões, em todos os continentes e em todos os sectores de actividade. No entanto, enquanto a fraude parece manter-se intratável – os níveis da fraude não caíram ao longo dos oito anos em que a PricewaterhouseCoopers desenvolve este estudo – a maioria das empresas acredita que as suas medidas de controlo vão limitar a sua exposição futura à fraude. Apenas 11% consideram a possibilidade de serem vítimas de fraude no seu próprio país nos próximos dois anos. “É impossível eliminar a fraude económica. É como lutar contra a mítica Hidra: eliminamos uma forma de fraude e ela regenera-se e cresce sob outra forma”, afirma Patrique Fernandes, Director, área de Dispute Analysis & Investigations (DA&I) da, PricewaterhouseCoopers. “Os sistemas de controlo por si só não chegam. A resposta reside na criação de uma cultura que incentive os esforços de controlo e de denúncia com base em princípios éticos claros. As empresas devem construir um sentimento de lealdade à organização, dar aos colaboradores a confiança para agirem de acordo com as políticas da empresa e identificar sanções claras para aqueles que cometam fraude, independentemente da sua posição hierárquica na empresa". Leia aqui a informação da PricewaterhouseCoopers.
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