sábado, maio 02, 2020

Sondagem: Maioria discorda do perdão de penas de prisão

54% criticam, na sondagem TSF/JN, a saída de reclusos de prisões durante a crise Covid-19. Mesmo o eleitorado do PS mostra-se dividido. Foi uma das medidas adotadas, pelo Governo, durante o estado de emergência mas é chumbada pela sondagem TSF/JN: mais de metade dos inquiridos (54%) discordam do perdão de penas de prisão. Apenas um em cada quatro concorda com esta medida que, na explicação do Governo, visou evitar o contágio por Covid-19 nas prisões. Entre os 26% que dizem concordar com o perdão de penas de prisão, apenas 4% estão "totalmente" a favor.
Maioria discorda do perdão de penas de prisão
Já do lado contrário, entre os 54% que discordam, existem 26% que expressam "total desacordo" pela medida. A maior oposição parte dos inquiridos mais jovens (até aos 34 anos), enquanto os mais velhos surgem mais disponíveis para aceitar a medida. Quando se analisa a classe sócio económica, regista-se o desacordo pela libertação de reclusos entre as classes mais baixas e uma maior aceitação da medida pelos inquiridos de classes mais favorecidas. O desacordo perante o perdão de penas é mais visível junto dos eleitores do PSD e do CDS, mas mesmo os inquiridos que dizem votar no PS mostram-se divididos, com tendência para discordar da medida. De acordo com os dados fornecidos à Lusa pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, entre entre 11 e 27 de abril., foram libertados 1.867 reclusos. O regime excecional de flexibilização da execução de penas e indultos a presos devido à Covid-19 foi aprovado em 8 de abril na Assembleia da República com votos contra de PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega, e a abstenção do PAN. Os bancos que paguem a crise? Maioria responde sim. Mais de 50% discorda do perdão de penas de prisão
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Pitagórica para a TSF e o JN, com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com o novo coronavírus. O trabalho de campo decorreu entre os dias 15 e 26 de abril, foram recolhidas 605 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de +/- 4,07% para um nível de confiança de 95,5%.
A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 68,75% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.
A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online (TSF)

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