sábado, maio 16, 2020

Nota: eu e a TAP, um namoro difícil de reatar

A TAP bem me faz assédio quase diário, bem tenta voltar ao nosso namoro recente que suspendemos há 2 meses (7 de Março de 2020), mas tenho a convicão que esta nossa paixão, mas está difícil de ser retomada a curto prazo. Pelos preços das viagens, pela retoma (difícil e lenta) da confiança, pela minha convicção de que há medidas que devem ser tomadas, mas que as companhias não as querem tomar. Porque não perceberam que nada será como antes, que nada pode ser como antes, e que duvido que os europeus acreditem hoje naquilo que uma Comissão Europeia diz quando foi ela o primeiro grande e grave falhanço na obrigação de suster o avanço da pandemia. Se falhou no início de tudo isto, vai falhar continuadamente em medidas tomadas a reboque de pressões, interesses e lobbys instalados em Bruxelas e autorizados a manipularem tudo e todos. Por isso esse assédio da TAP não deverá ter sucesso - e bem que me apetecia que tivesse... - nos próximos tempos. Mas a TAP pode continuar a assediar-me que eu deixo, e para que eu continue a me lembrar que ela é praticamente a única forma de sairmos da ilha e a ela regressarmos.
Mas deixo-lhe um aviso: se a fobia do lucro e a irresponsabilidade dos investidores privados que ainda por lá andam e que há muito deviam ter sido despachados, não impedir que se possa detectar qualquer caso que seja de covid19 a bordo dos seus aviões, desconfio, melhor, tenho a certeza, que será o fim dela e de muitas ouras. Até que elas façam o que deve ser feito em respeito pelos passageiros e pela saúde pública. Porque até que a segurança seja garantida por medicamentos ou vacinas, transportar passageiros não é transportar gado. E nem as máscaras disfarçam isso até porque elas não se destinam a tapar os olhos! Esqueçam a fome do lucro, os dividendos, os prémios em contraciclo numa empresa com centenas de milhões de dívidas. Sim, a TAP pode continuar a assediar-me e a tentar retomar o nosso namoro antigo, mas deve perceber, de uma vez por todas, que quanto as regras, nunca mais será ela a determiná-las de forma unilateral. (LFM)




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