Regionais de 2007
Nova lei de finanças regionais conflito com
Sócrates e Teixeira dos Santos, colagem do PS-M a Lisboa. Nova lei eleitoral
assente na eleição de deputados regionais com base num círculo único facto que
contribuiu para o aumento da abstenção. Acresce que de 5 partidos nas regionais
de 2004 passam os para 7 em 2007, número que aumentará para 9 partidos em 2011
e depois para 11 partidos em 2015:
Madeira
Inscritos, 232.502 eleitores
Votantes, 140.721
Abstenção, 91.781, 39,5%
PSD, 90.339 votos, 64,2% (33 deputados,
70,2%) – apenas 38,5% do total de inscritos
PS, 21.699, 15,42% (7, 14,9%)
CDS, 7.512, 5,34% (2, 4,3%)
PCP, 7.659, 5,44% (3, 4,3%)
Bloco, 4.186, 3,0% (1, 2,1%)
MPT, 3.173, 2,25% (1, 2,1%)
PND, 2.928, 2,08% (1, 2,1%)
Funchal
Inscritos, 100.456 eleitores
Votantes, 60.022 (59,7%)
Abstenção, 40.434, 40,3%
PSD, 35.696 (59,5%) – 35,5% dos inscritos
PS, 9.091 (15,2%)
CDS, 3.338 (5,6%)
PCP, 5.054 (8,4%)
Bloco, 2.488 (4,2%)
MPT, 1.195 (2%)
PND, 1.744 (2,9%)
Legislativas 2011
Influência da crise financeira no país,
queda do governo de Sócrates, vinda da troika e imposição da austeridade
Madeira
Inscritos: 255.928
Votantes: 139.003 (54,3%)
Abstenção: 116.925, 45,7%
PSD - 66.649 (49,4%) – apenas 26% dos
inscritos
PS - 20.401 (14,7%)
CDS - 19.101 (13,7%)
PCP - 5.096 (3,7%)
PND - 4.046 (2,9%)
MPT - 2.561 (1,8%)
BE - 5.567 (4%)
PAN - 2.385 (1,7%)
Funchal
Inscritos: 106.431
Votantes: 59.306 (55,7%)
Abstenção: 47.125, 44,3%
PSD - 26.177 (44,1%), 24,6% dos inscritos
PS - 9.134 (15,4%)
CDS - 9.146 (15,4%)
PCP - 3.122 (5,3%)
PND - 2.039 (3,4%)
MPT - 923 (1,6%)
BE - 2.841 (4,89%)
PAN - 1.210 (2%)
Regionais de 2011
Denúncia e polémica em torno da alegada dívida
oculta regional, ameaça de imposição de um PAEF pelo governo de Lisboa, da
coligação Passos Coelho-Portas e degradação das relações políticas e
institucionais com Lisboa:
Madeira
Inscritos, 256.483 eleitores
Votantes, 147.344 (57,4%)
Abstenção, 109.139, 42,6%
PSD, 71.556 votos, 48,6% (25 deputados,
53,2%) – apenas 27,9% dos inscritos
PS, 16.945, 11,5% (6, 12,8%)
CDS, 25.974, 17,6% (9, 19,1%)
PTP, 10.112, 6,9% (3, 6,4%)
PCP, 5.546, 3,8% (1, 2,1%)
PND, 4.825, 3,3% (1, 2,1%)
PAN, 3.125, 2,1% (1, 2,1%)
Bloco, 2.512, 1,7% (sem deputados eleitos)
MPT, 2.839, 1,9% (1, 2,1%)
Funchal
Inscritos, 106.436 eleitores
Votantes, 62.203 (58,4%)
Abstenção, 44.233, 41,6%
PSD, 26.706 (42,9%), 25,1% dos inscritos
PS, 7.378 (11,9%)
CDS, 12.110 (19,5%)
PTP, 4.279 (6,9%)
PCP, 3.551 (5,7%)
PND, 2.673 (4,3%)
PAN, 1.644 (2,6%)
Bloco, 1.274 (2,1%)
MPT, 989 (1,6%)
Autárquicas de 2013
Albuquerque abandona o Funchal, primeiros
sinais de divergências no PSD-M, incluindo na escolha dos candidatos
autárquicos e PSD-M, apesar de ter sido o mais votado, acaba sofrendo uma
pesada derrota ao perder 7 dos 11 municípios regionais. O PS conquista o
Funchal graças a uma coligação liderada mais por Paulo Cafofo do que pelo PS e
os social-democratas ficaram apenas com Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Ponta
do Sol e Calheta.
Madeira
Inscritos: 258.241
Votantes: 135.622 (52,5%)
Abstenção: 122.619, 47,5%
PSD - 47.207 (34,8%) – 18,3% dos inscritos
PS - 21.102 (15,6%) - coligação
PS-BE-PND-MPT-PTP-PAN
CDS - 17.679 (13%)
PCP - 7.243 (5,3%)
MPT - 2.198 (1,6%) - fora do concelho do
Funchal
BE - 6.798 (12,8%)
PAN - 1.657 (1,2%) - fora do concelho do
Funchal
Cidadãos - 16.738 (12,3%) - inclui S.Cruz
(futura JPP)
PS-PTP-BE-PND - 2.157 (1,6%) - Câmara de
Lobos
PS - 11.636 (8,6%) - menos Funchal e Câmara
de Lobos
BE - 516 (0,4%) - concorrendo sozinho
Funchal
Inscritos: 106.637
Votantes: 53.808 (50,5%)
Abstenção: 52.829, 49,5%
PS - 21.102 (15,6%) - coligação
PS-BE-PND-MPT-PTP-PAN, 19,8% dos
inscritos
PSD - 17.450 (32,4%)
CDS - 7.828 (14,6%)
PCP - 4.504 (8,4%)
Regionais de 2015
Impacto da austeridade nacional, vigência
do PAEF, abandono de Alberto João Jardim, nova liderança no PSD e excessiva
colagem do PSD-M a Passos e ao PSD nacional. Recordemos os resultados:
Madeira
Inscritos, 256.775 eleitores
Votantes, 127.545 (49,7%)
Abstenção, 129.230, 50,3%
PSD, 56.669 votos, 44,4% (25 deputados,
51,1% dos mandatos) – 22,1% dos inscritos
PS, 14.574, 11,4% (6, 12,8%, concorreu em
coligação com PTP, PAN e MPT que se revelou desastrosa para os partidos mais
pequenos)
CDS, 17.489, 13,7% (7, 14,9%)
PCP, 7.060, 5,5% (2, 4,2%)
Bloco, 4.850, 3,8% (2, 4,2%)
JPP, 13.114, 10,3% (5, 10,6% – Santa Cruz
representou 50% do total de votos obtidos)
PND, 2.635, 2,1% (1, 2,1%)
Funchal
Inscritos, 106.198 eleitores
Votantes, 53.059 (50%)
Abstenção, 53-139, 50%
PSD, 22.545 (42,5%), 21,2% dos inscritos
PS, 6.894 (13%) - concorreu em coligação
com PTP, PAN e MPT
CDS, 6.958 (13,1%)
PCP, 4.267 (8%)
Bloco, 2.515 (4,7%)
JPP, 3.708 (7%)
PND, 1.459 (2,8%)
Legislativas de 2015
Impacto da situação política nacional, e
apesar da coligação PSD/CDS ter vencido em votos não obteve a maioria
parlamentar, permitindo o avanço da geringonça que fora anunciada como
alternativa ainda antes das eleições. Na Madeira PSD e CDS foram fortemente
penalizados e perderam um mandato cada um deles, a favor do PS e do Bloco de
Esquerda.
Madeira
Inscritos: 255.821
Votantes: 125.104 (48,9%)
Abstenção: 130.717, 51,1%
PSD - 47.228 (37,8%), 18,5% dos inscritos
PS - 26.152 (20,9%)
CDS - 7.736 (6%)
PCP - 4.468 (3,6%)
PND - não concorreu
MPT - 1.705 (1,4% - provavelmente foi
penalizado pela candidatura do PDR que era apoiada por antigos dirigentes do
MPT)
BE - 13.342 (10,1%)
PAN - 2.206 (1,8%)
JPP - 8.671 (6,9%)
Funchal
Inscritos: 106.059
Votantes: 53.179 (50,1%)
Abstenção: 52.880, 49,9%
PSD - 17.522 (33%), 16,5% dos inscritos
PS - 12.599 (23,7%)
CDS - 3.011 (5,7%)
PCP - 2.588 (4,9%)
PND - não concorreu
MPT - 657 (1,2%)
BE - 6.798 (12,8%)
PAN - 1.131 (2,1%)
JPP - 2.616 (4,9%)
Autárquicas de 2017
Repetiu-se tudo o que aconteceu em 2013 no
caso do PSD, ressalvando-se apenas a recuperação do Porto Santo por uma escassa
margem de votos mas perdendo a Ponta do Sol algo que era impensável até há uns
anos atrás. Tudo por causa de guerras internas e de um processo de imposição de
candidatos que abriu porta à derrota. O PSD voltou a sofrer ainda em 2017
consequência ainda das mudanças operadas em 2015 depois das directas de final
de 2014. Cafofo voltou a vencer no Funchal agora com uma coligação diferente e
mais pequena do que a anterior, com as eleições regionais de 2019 a começarem a
condicionar as posições dos partidos. PS, CDS e Bloco chegam a 2019 com novas
lideranças.
Madeira
Inscritos: 255.782
Votantes: 138.428 (54,1%)
Abstenção: 117.354, 45,9%
PSD - 46.536 (33,6%), 18,4% dos inscritos
PS - 23.577 (17%) - coligação no Funchal
com PS-BE-JPP-PDR-NC
CDS - 12.493 (9%)
PCP - 3.325 (2,4%)
MPT - 2.258 (1,7%) - coligado com PPV/CDC
PS - 16.714 (12,1%) - restantes concelhos
excepto Funchal
BE - 986 (0,7%) - concorrendo sozinho
MPT - 882 (0,6%) - concorrendo sozinho
JPP - 14.080 (10,2%)
PTP - 2.392 (1,7%)
Cidadãos - 7.627 (5,5%) - incluindo São
Vicente e Ribeira Brava
Funchal
Inscritos: 106.302
Votantes: 56.070 (52,8%)
Abstenção: 50.232, 47,2%
PS - 23.577 (42%) - coligação
PS-BE-JPP-PDR-NC, 22,2% dos inscritos
PSD - 17.971 (32,1%)
CDS - 4.819 (8,6%)
PCP - 2.029 (3,6%)
PTP - 1.252 (2,2%)
MPT - 2.258 (4%) - coligado com PPV/CDC
Notas
curiosas:
1 - o PSD entre as regionais de 2007 e as
regionais de 2011 perdeu 18.783 votos e entre 2007 e as regionais de 2015 essa
perda foi de menos 33.670 votos.
Quanto aos votantes, entre as regionais de
2007 e 2011 votaram menos 6.623 pessoas, número que passou para menos 13.176
eleitores entre as regionais de 2007 e 2015.
Pelo quadros acima podemos ver que os
partidos mais votados nestas 7 eleições escolhidas neste trabalho comparativo,
e de diferente natureza, constata-se que considerando os votos dos partidos
mais votados, na RAM e no Funchal, aquele que representou maior percentagem
considerando os eleitores inscritos foi o PSD nas regionais de 2007 -. Que
foram uma excepção, como sabemos - com 38,9% dos inscritos. Seguiu-se o PSD no
Funchal, nessas mesmas eleições, com 35,56% dos inscritos naquele concelho. Nas
demais eleições nenhum dos vencedores obteve mais de 27,9% dos inscritos e
voltou a ser o PSD nas regionais de 2011 e na votação regional. Estes valores
têm a ver com a questão das representatividade dos eleitos e, também, com a
credibilidade e fiabilidade das listas de eleitores inscritos que continuo a
pensar estarem altamente empoladas, facto que tem que ser rapidamente resolvido
até para credibilidade das eleições realizadas em Portugal.
2 - Quanto à evolução da abstenção vejamos o seguinte quadro-resumo:
· Regionais de 2007 – 39,5% na RAM e 40,3% no Funchal
· Legislativas de 2011 – 45,7% e 44,3% no Funchal
· Regionais de 2011 – 42,6% na RAM e 41,6% no Funchal
· Autárquicas de 2013 – 47,5% na RAM e 49,5% no Funchal
· Regionais de 2015 – 50,3% na RAM e 50% no Funchal
· Legislativas de 2015 – 51,1% e 49,5% no Funchal
· Autárquicas de 2017 – 45,9% na RAM e 47,2% no Funchal
As eleições regionais que costumavam ser as
que maior afluência de eleitores registavam estão a perder esse estatuto, pelo
menos desde 2007, apresentando valores sempre em crescendo desde 2007 até 2015:
· Regionais de 2007 – 39,5% na RAM e 40,3% no Funchal
· Regionais de 2011 – 42,6% e 41,6%
· Regionais de 2015 - 50,3% e 50%
Quanto às autárquicas, que eram depois das
europeias a que regressa geral tinham maior abstenção, entre 2013 e 2017 a
evolução foi diferente e positiva:
· Autárquicas de 2013 – 47,5% na RAM e 49,5% no Funchal
· Autárquicas de 2017 – 45,9 e 47,2%
(LFM)
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