domingo, janeiro 27, 2019

Condicionar e manipular os processos de decisão partidários....

Não me venham com conversas da treta ou "notícias" compradas para veicular nas redes sociais ou nos média. Ninguém gosta mais de A do que de B, falando de candidatos e candidatos, porque ninguém perguntou isso a ninguém, em todos os partidos, sem excepção. Quando se fala abusivamente nas preferências dos cidadãos, melhor, nas alegadas e pretensas preferências dos cidadãos eleitores, isso mais não é do que um embuste, uma descarada manipulação que visa "ratificar" processos de decisão internos viciados, em que as escolhas obedecem a lógicas surreais, uma das quais a de fugir a "chatices" que resultam sempre de qualquer mudança. Se querem saber, duvido que o que se passou eleitoralmente em 2015 serviu de lição - serviu mesmo? - e por isso as pessoas que decidem deviam agir em conformidade, fazendo em 2019 o que já deviam ter feito em 2015 e não fizeram porque houve uma caça às bruxas e um ajuste de contas - se quiserem uma "vendetta" bem ao estilo italiano... - que ainda hoje deixa marcas que demoram a passar e que não são facilmente saradas por Congressos cuidadosamente preparados.
Europa? A Europa é cada vez mais uma merda decadente, distante e que precisa urgentemente de liderança fortes e prestigiadas. A Europa borrifou-se para as ilhas, para a ultraperiferia, para o combate às assimetrias, a Europa limita-se a umas pinceladas dispersas nessas temas, mas na realidade as prioridades europeias são outras. Isso não existe. A Europa vai definhar com esta gentinha que por lá anda. Até que alguém se irrite com tudo o que se lá passa e acabe com a bandalheira e o regabofe.
Na República? Zero! Os deputados falam, falam muito, mas nada resolvem, preocupam-se com o seu próprio espaço mediático, com as notícias a falar deles, sem excepção, sejam os deputados da Madeira, Faro, dos Açores, Braga ou Vila Real. É tudo igual, sempre foi assim. O que a Madeira precisa, urgentemente, porque deixou de ter em 2015, é de retomar as pontes que existiram no passado, retomar um diálogo político com o poder central que permita decisões a favor dos reais problemas das ilhas. E isso resolve-se não nos jornais, não multiplicando a palavra "exigir" 40 ou 60 mil vezes, mas fazendo as escolhas politicamente certas, não insistindo em erros que custaram milhares de votos a alguns partidos e mandatos que tanta falta fazem na legitimação de um discurso político. Espero que as lições de 2015 - e foram tantas - sejam apreendidas a tempo e que a realidade, a realidade concreta fora de portas, não funcione como travão a decisões corajosas e de mudança que têm que ser tomadas. A não ser que estejam todos à espera do previsível descalabro em Maio para depois irem apressada e tardiamente a reboque dos acontecimentos. Pensem nisso (LFM)

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