domingo, outubro 20, 2013

Estado encaixa 565 milhões de euros com imposto extraordinário sobre a banca até 2014

Li no site da SIC que "a contribuição extraordinária sobre a banca,  em vigor desde 2011, irá gerar receitas globais de 565 milhões de euros  para os cofres estatais, segundo as verbas arrecadadas nos últimos dois  anos e as projeções governamentais para 2013 e 2014.  Lançado pelo Governo Sócrates, este imposto rendeu ao Estado 139 milhões  de euros em 2011 e 136 milhões de euros em 2012. Este ano, de acordo com  as expectativas expressas pelo Executivo de Passos Coelho na proposta de  Orçamento de Estado para 2014, esta contribuição deverá atingir os 120 milhões  de euros, menos 12% do que no ano passado.  Contudo, devido à subida da contribuição determinada pelo Governo para  2014, no próximo ano este imposto deverá gerar uma receita de 170 milhões  de euros, isto é, mais 42% do que em 2013. Até ao momento, o Banco Comercial Português (BCP) foi o banco que pagou  a maior verba. Foram 32 milhões de euros em 2011 e 34 milhões de euros em  2012, num total de 66 milhões. Fonte oficial da entidade liderada por Nuno  Amado revelou à Lusa que, no primeiro semestre deste ano, o BCP pagou 17  milhões de euros, valor que deverá dobrar até ao final do ano. Segue-se-lhe a Caixa Geral de Depósitos (CGD), com um contributo de  59,2 milhões de euros (29,4 milhões de euros em 2011 e 29,8 milhões de euros  em 2012).  Logo a seguir, está o Banco Espírito Santo (BES), que pagou ao Estado  30,5 milhões de euros em 2011 e 27,9 milhões de euros em 2012, ou seja,  um total de 58,4 milhões de euros.  Depois, surge o Banco BPI, que pagou 15,3 milhões de euros em 2011 e  13,9 milhões de euros em 2012 (total de 29,2 milhões de euros). Fonte oficial  do banco presidido por Fernando Ulrich avançou à Lusa que o banco deverá  contribuir com 13,1 milhões de euros em 2013.  Por fim, a fechar o lote dos cinco maiores bancos a operar em Portugal,  está o Banco Santander Totta, que despendeu 14,7 milhões de euros em 2011  e 11,8 milhões de euros em 2012 (num total de 26,5 milhões de euros). Em  2013, o banco liderado por António Vieira Monteiro deverá pagar 10,8 milhões  de euros, disse à Lusa fonte oficial do Santander Totta.  Observando o total de verbas pagas pelo setor no ano passado, isto é,  os já mencionados 136 milhões de euros, e o contributo destes cinco bancos,  que foi de 117,4 milhões de euros em 2012, constata-se que as cinco entidades  representam mais de 86% do total das verbas arrecadadas pelo Estado com  este imposto.  Ainda assim, uma ligeira descida face ao peso muito próximo de 90% que  os 'big five' registaram em 2011. Contactados pela Lusa, os gabinetes de comunicação dos cinco bancos  analisados preferiram revelar apenas os valores que já pagaram desde que  este imposto foi criado (e, alguns, as perspetivas para este ano), escusando-se  a comentar o aumento da contribuição decidido pelo Governo.  Já o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Fernando Faria  de Oliveira, admitiu em declarações à Lusa que a subida da contribuição  para 2014 "foi uma desagradável notícia para o setor".  Desde o início que os banqueiros portugueses têm criticado esta medida,  que lhes é imposta quer as instituições que lideram tenham lucros, quer  tenham prejuízos"