segunda-feira, outubro 28, 2013

Portugal lidera subida de impostos

Escreve o Sol que "Portugal foi o segundo país em toda a Europa e o primeiro entre os países resgatados pela troika em que a carga fiscal mais subiu entre 2010 e 2013, segundo dados contidos na proposta de Orçamento do Estado para 2014. Nos últimos três anos, os governos de José Sócrates e Pedro Passos Coelho aumentaram a carga de impostos que as famílias e empresas já pagavam em 2,1% do PIB: cerca de 3,5 mil milhões de euros. O aumento foi sobretudo via impostos directos (sobre o rendimento), lê-se no OE2014 apresentado na semana passada. O montante total de impostos pagos por famílias e empresas ascende hoje a 36,8% do PIB, contra 34,7% em 2010. O Governo admite que para esta subida da carga fiscal foi determinante o aumento do IRS este ano. A reformulação dos escalões deste imposto e a sobretaxa de 3% ficaram conhecidas como “enorme aumento de impostos”, descrito pelo então ministro das Finanças Vítor Gaspar. Anteriormente, já os restantes impostos tinham sido aumentados – o IVA ou os impostos sobre tabaco, habitação, automóveis, combustíveis ou energia. O aumento da carga fiscal de 2,1 pontos percentuais (p.p.) do PIB desde 2010 acabou por ser superior ao aplicado nos restantes países intervencionados pela troika. Na Grécia, a subida foi de 1,7 p.p. neste período, enquanto na Irlanda o peso da carga fiscal caiu 2,5 pontos. Dublin conseguiu fazer a maior descida da carga fiscal em toda a Europa, segundo o OE2014, baseado em dados da Comissão Europeia. O Governo já disse não ter um plano B para colmatar eventuais desvios orçamentais e a via de redução através de impostos “está mais reduzida”, lê-se no OE2014. “Novos aumentos expressivos da carga fiscal num período de início de recuperação económica como o da actual conjuntura seriam contraproducentes”, salienta o Executivo"