sábado, fevereiro 04, 2012

Estado gastou menos 312,1 milhões em medicamentos

Li no Publico, um texto da autoria do jornalista João d"Espiney, segundo o qual "os encargos do Ministério da Saúde com a comparticipação de medicamentos baixaram 19% em 2011. De acordo com os dados divulgados pelo Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, o SNS gastou 1328 milhões de euros na comparticipação dos remédios comprados nas farmácias, o que representa uma diminuição de 312,1 milhões em relação a 2010. Esta quebra, a primeira desde 2007 e a maior pelo menos desde 2005, é o resultado das várias medidas adoptadas ainda pelo anterior Governo, nomeadamente, o acordo celebrado em Março do ano passado com a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) para limitar os gastos com medicamentos. Mas se no mercado ambulatório (farmácias) as decisões tomadas, quer ainda no tempo de Ana Jorge, quer as do actual titular da pasta Paulo Macedo, estão a surtir efeito, já no mercado hospitalar as medidas adoptadas por ambos os ministros estão longe de atingir os objectivos pretendidos. Apesar de o Infarmed ainda não ter divulgado os dados de Dezembro, os números acumulados até Novembro indicam que as despesas dos hospitais nesta rubrica totalizavam os 937,8 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 2,4% em relação a igual período do ano anterior. Os dados agora disponibilizados pelo organismo tutelado pelo Ministério da Saúde revelam ainda que o mercado global dos medicamentos em ambulatório continuou a cair pelo terceiro ano consecutivo, tendo atingido os 2942 milhões de euros no final do ano passado, ou seja, menos 9,1% do que o ano anterior. Em 2011, foram vendidas 236.951.748 embalagens, o que representa um decréscimo de 3,4% face a 2010, ano em que já se tinha registado uma diminuição de 3,6%. O mercado dos genéricos seguiu a mesma tendência e os dados de Dezembro indicam que este segmento registou uma quebra de 13,3% (para 535,1 milhões) em 2011, apesar de terem sido vendidas mais 14% de embalagens (51.294.411). O dado mais significativo é, no entanto, o facto de os genéricos terem perdido quota de mercado em termos de valor. Em 2010, a quota de mercado era 19,07% e no final do ano passado caiu para 18,19%. Em termos de embalagens, a quota continuou a subir e ultrapassou já os 21% em 2011 (18,33 no ano anterior)”.

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