Buracos: Estradas de Portugal no vermelho em 2012

Segundo o Económico, "depois dos lucros dos últimos anos, EP prevê prejuízos de 75 milhões no próximo ano.. Face às crescentes dificuldades da situação financeira da empresa, os responsáveis da Estradas de Portugal (EP) comunicaram aos inspectores da IGF que prevêem "uma acentuada degradação" do resultado líquido a partir de 2011. Enquanto no triénio 2008/2010, se verificou uma melhoria dos lucros da EP, de 53,3 milhões de euros em 2008, para 110,2 milhões de euros no ano passado, para 2012 está previsto a EP encerrar com prejuízos de 75,2 milhões. Segundo a auditoria da IGF, a entrada da EP no ‘vermelho' deve-se ao registo de 274,9 milhões de euros de gastos financeiros e de conservação relacionados com subconcessões que entram em serviço, de forma gradual, a partir de 2011. "Estes gastos que não representam qualquer fluxo financeiro para a EP, decorrem da aplicação do novo normativo contabilístico e irão agravar-se no futuro, à medida que mais subconcessões entrem em serviço", alerta a IGF. Na sequência destas conclusões, a auditoria da IGF deixou uma lista de 11 recomendações à gestão da EP e à tutela, entre as quais se destaca a "urgente definição do novo modelo de financiamento da EP/sector rodoviário, que deverá suportar-se em adequados estudos de viabilidade que permitam demonstrar a sua futura sustentabilidade económico-financeira". A elaboração de projecções económico-financeiras de longo prazo e a conclusão, pela EP, do ‘Plano de Reconstituição Patrimonial", são outras propostas constantes da auditoria da IGF. Recomenda ainda à EP que dê especial atenção à melhoria dos esforços no sentido de alienar e ou rentabilizar os imóveis não afectos à exploração e de recuperar os montantes em dívida relativos a alienações”.