Li no Expresso que "até ao final do ano, mais quatro a cinco hospitais públicos vão entrar em falência técnica, situação em que já se encontram 14 unidades. A dívida aos fornecedores ficará próxima dos 2350 milhões de euros. O Governo está alarmado. A situação económica e financeira dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais) é má e vai piorar dramaticamente. Às 14 unidades públicas que já estão em falência técnica vão somar-se outras 4 a 5 até ao final do ano, apurou o Expresso. Ou seja, quase metade dos 42 hospitais EPE têm fundos (capitais) próprios negativos. Esta semana, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, foi pela primeira vez ao Parlamento (esteve perante a Comissão Parlamentar de Saúde) e traçou um cenário nada animador. Além das 14 falências técnicas revelou que, em 2010, o universo dos hospitais EPE acumulou prejuízos na ordem dos 322 milhões de euros. Há vários anos que os EPE acumulam prejuízos superiores a 300 milhões de euros, o que tem vindo a contribuir para a escalada da dívida a fornecedores externos que, no final de junho, ascendia a 2058 milhões de euros - no total o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve cerca de 3 mil milhões de euros). A perspetiva, revelou também o ministro, é que até ao final deste ano os resultados líquidos dos hospitais EPE sejam negativos em cerca de 300 milhões de euros, mesmo com todas as medidas de austeridade entretanto já posta em marcha
Má gestão, falta de dotação de capitais próprios e dívidas da ADSE
Mas o pior, sabe o Expresso, é que a dívida dos EPE, no final de 2011, irá aumentar para um intervalo entre os 2250 e os 2350 milhões de euros, uma situação que compromete o compromisso da troika de dimininuir a despesa da Saúde em 0,5% do PIB, em 2012 (o que corresponde a um corte de cerca de 800 milhões de euros). O Governo, soube o Expresso, está alarmado e está a trabalhar no sentido de colocar em marcha planos de recuperação dos hospitais em dificuldades. A má gestão é parte do problema, mas ao longo dos anos os EPE também não foram dotados dos capitais próprios suficientes por parte da tutela. Outra parte do problema é a dívida da ADSE (sub-sistema de Saúde dos funcionários públicos) ao SNS. Parte da dívida da ADSE não foi paga. O valor em causa oscila entre os 215 a 220 milhões de euros. Perante a dimensão do 'sarilho' que são as contas na Saúde, o Ministério da Saúde e o Ministerio das Finanças estão a trabalhar em conjunto. Mas a equação não é fácil. A questão dos capitais próprios tem que ser resolvida, ou seja, as dotações têm que ser feitas mas sem comprometer o défice (antes eram feitas injeções de capital que não eram contabilizadas para o défice, mas hoje não é assim). Está a ser estudada uma fórrmula que não afete o défice e a vontade do Executivo é enveredar por um plano de regularização extraordinária de dívidas. A questão é de onde virá o dinheiro para tapar o buraco, tendo em conta que o plano de ajuda internacional acordado com a troika não comtempla qualquer dotação específica para a Saúde".
Má gestão, falta de dotação de capitais próprios e dívidas da ADSE
Mas o pior, sabe o Expresso, é que a dívida dos EPE, no final de 2011, irá aumentar para um intervalo entre os 2250 e os 2350 milhões de euros, uma situação que compromete o compromisso da troika de dimininuir a despesa da Saúde em 0,5% do PIB, em 2012 (o que corresponde a um corte de cerca de 800 milhões de euros). O Governo, soube o Expresso, está alarmado e está a trabalhar no sentido de colocar em marcha planos de recuperação dos hospitais em dificuldades. A má gestão é parte do problema, mas ao longo dos anos os EPE também não foram dotados dos capitais próprios suficientes por parte da tutela. Outra parte do problema é a dívida da ADSE (sub-sistema de Saúde dos funcionários públicos) ao SNS. Parte da dívida da ADSE não foi paga. O valor em causa oscila entre os 215 a 220 milhões de euros. Perante a dimensão do 'sarilho' que são as contas na Saúde, o Ministério da Saúde e o Ministerio das Finanças estão a trabalhar em conjunto. Mas a equação não é fácil. A questão dos capitais próprios tem que ser resolvida, ou seja, as dotações têm que ser feitas mas sem comprometer o défice (antes eram feitas injeções de capital que não eram contabilizadas para o défice, mas hoje não é assim). Está a ser estudada uma fórrmula que não afete o défice e a vontade do Executivo é enveredar por um plano de regularização extraordinária de dívidas. A questão é de onde virá o dinheiro para tapar o buraco, tendo em conta que o plano de ajuda internacional acordado com a troika não comtempla qualquer dotação específica para a Saúde".
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