sábado, setembro 17, 2011

Açores: Movimento Regional 9 Ilhas pretende contactar, ouvir e encontrar soluções para os açorianos

Segundo o Diário dos Açores, "decorreu em Ponta Delgada a apresentação oficial do «Movimento Regional 9 Ilhas», abreviadamente designado por MR9, o qual tem como principal protagonista o empresário Paulo Silva. O encontro com os jornalistas teve como objectivo principal prestar informações sobre a natureza do movimento cívico, assim como as linhas que o regem e os objectivos que se propõe alcançar. O Movimento Regional 9 Ilhas a estreou-se nas redes sociais no início do Verão, onde já se associaram cerca de 200 seguidores, e já percorreu o arquipélago numa ronda de contactos directos com as populações e forças vivas açorianas com o objectivo de criar uma plataforma de captação de ideias e sugestões. O Movimento Regional 9 Ilhas segundo Paulo Silva é o primeiro movimento cívico que surge em 35 anos de Autonomia sendo o mesmo de base regional, afirmando-se como uma resposta dos açorianos, através da constituição de um amplo espaço de cidadania onde, de modo livre, responsável e descomprometido, todos quantos querem bem-fazer às nossas ilhas possam reunir-se, promovendo uma reflexão serena, um debate vivo e uma actuação credível sobre a realidade autonómica e o modelo vigente, com vista a mobilizar as populações insulares para as mudanças necessárias à viabilização dos Açores enquanto Região Autónoma, e também assim reforçar os laços de coesão nacional. De acordo com o rosto principal do MR9 até ao final do primeiro semestre do ano 2012 a equipa que constitui o movimento irá percorrer as 9 ilhas dos Açores com o objectivo de conhecer as realidades de cada ilha, ouvir opiniões, recolher ideias para que posteriormente seja possível criar grupos de trabalho que irão dar origem ao MR9 Encontros. Segundo Paulo Silva considerando os enormes desafios que se colocam ao País e à Região Autónoma dos Açores, o Movimento Regional 9 Ilhas assume a desadequação do modelo autonómico vigente face à realidade actual, esgotado que está hoje, decorridos 35 anos sobre a institucionalização da Autonomia Político-Administrativa: O MR9 começa por identificar a grande questão de fundo, da disfunção entre a autonomia política, progressiva nas suas atribuições e competências desde 1976 para cá, e da correlativa dependência externa, quanto à sustentação económico-financeira do sistema, bem como o desenlace na actual perversão desta encruzilhada, cujos efeitos são anemia presente e desmoronamento futuro. Assim sendo, o MR9 vai pugnar, em primeira linha, pelo estímulo à vitalidade e ao mérito da sociedade civil açoriana, e pela sua capacidade de iniciativa, inovação e crescimento, de modo a libertar os Açores do peso da máquina administrativa regional que, directa ou indirectamente, quase tudo condiciona, muito influencia, e chega a permitir-se "controlar"; O MR9 assume-se como uma nova força, onde os açorianos podem encontrar um novo desígnio, sentir novas fontes de ânimo e encontrar novos motivos de confiança. Para o MR9, dar de novo sentido à Autonomia, implica adoptar medidas para criar riqueza nas ilhas, de modo a que a Região seja menos dependente e efectivamente mais autónoma, pois a continuar-se à mercê investimentos públicos e subvenções vitalícias, uma vez que as fontes de financiamento vão faltar, não haverá maneira de afastar o espectro do atraso, do empobrecimento e da miséria. O MR9 irá dispor de nove grupos de trabalho que irão incidir sobre 9 áreas, nomeadamente, MR9 Gestão: Finanças, Administração e Sector Público Regional (...) O MR9 aposta no contacto directo com as pessoas, bem como com as plataformas digitais e a comunicação social para passar a sua mensagem. Elementos do MR9 irão a todas as ilhas ouvir as pessoas e apresentar o Movimento. Serão os chamados "Encontros MR9". Paralelamente, o MR9 promoverá "Workshops", convidando especialistas em cada um dos sectores, de modo a que melhor se identifiquem os problemas mais prementes e encontrem as respostas mais adequadas para cada um deles; Paulo Silva assume que o MR9 quer tudo discutir tudo pôr em causa, mas sublinha que não é um Movimento de "contestação pela contestação". O MR9 quer identificar problemas das pessoas concretas, suscitar questões e abrir temas a debate, sempre com uma preocupação: ser consistente, apresentar propostas exequíveis, construir. MR9, ao afirmar-se como "3ª Via", o que pretende dizer é que, a partir de agora, os dois maiores partidos políticos vão ter uma alternativa cívica nos Açores através do Movimento. O MR9 não nasce contra, à margem, ou abaixo dos partidos do sistema. O MR9 vai estar ao lado deles numa posição paritária, discutindo cada opção com essas organizações e apresentando as suas propostas. Em jeito de conclusão, o rosto principal do MR9 assume que é necessário passar e partilhar a mensagem de um projecto dos Açores para os Açorianos onde o principal objectivo passa por acabar com guerrilhas políticas dando assim lugar ao debate, diálogo e ao surgimento de soluções".

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