terça-feira, maio 24, 2011

Sondagens para todos os gostos: Público


Segundo o Publico de hoje, num texto da jornalista São José Almeida, "mais de seis pontos separam os dois maiores partidos, com vantagem para os sociais-democratas. Aumentam os inquiridos que dizem ir abster-se ou que não sabem em quem votar a 5 de Junho. Perto de quatro pontos, mais concretamente 3,9, é o valor da subida que o PSD regista na sondagem realizada pela Intercampus, para o PÚBLICO e a TVI, cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 18 e 22 de Maio. Os sociais-democratas obtêm 39,6 por cento das intenções dos inquiridos, quando na última pesquisa tinham 35,7 por cento. Por sua vez, o PS desce para 33,2 por cento das intenções dos inquiridos, quando na anterior sondagem, divulgada no sábado, atingia os 34,1 por cento. Os dois principais partidos estão separados por uma margem de 6,4 por cento das intenções dos inquiridos ouvidos pela Intercampus. Este fosso entre os dois resultados é superior ao dobro da margem de erro que a Intercampus atribui a esta pesquisa de comportamento eleitoral (3,06 por cento). Por sua vez, o CDS fica-se pelos 12,1 por cento, a CDU desce para 6,6 por cento e o BE passa para os 5,6 por cento. Uma descida de 0,9 por cento para os dois partidos à esquerda, contra uma quebra de 0,7 por cento dos centristas. Três por cento dos inquiridos dizem que votarão noutros partidos, isto é, em partidos sem assento parlamentar. Refira-se que a projecção de votos feita pela Intercampus nesta sondagem leva em conta apenas a resposta dos entrevistados que manifestaram intenção de voto num partido, ou seja, esta sondagem não é feita de acordo com o método da distribuição dos indecisos.
Indecisos sobem
A outra subida a assinalar nesta sondagem é a dos inquiridos que dizem não saber ou não querer responder relativamente ao partido em que tencionam votar. Chegam agora aos 25,4 por centos dos inquiridos, quando na sondagem de sábado eram 23,1 por cento. Aumenta igualmente o número de inquiridos que diz que não vota em nenhum dos partidos ou que se absterá. São agora 18,2 por cento, quando eram na última pesquisa de 17,8 por cento. Esta viragem de tendência na sondagem da Intercampus surge em cima do arranque da campanha e abrange a reacção dos inquiridos ao primeiro fim-de-semana de campanha eleitoral oficial. Outro acontecimento político que se reflecte já nesta sondagem é a realização do último debate televisivo entre os líderes partidários , ou seja, o frente-a-frente que opôs José Sócrates e Pedro Passos Coelho, respectivamente secretário-geral do PS e presidente do PSD. E, de acordo com os resultados agora divulgados pela Intercampus, é notório que os inquiridos reagiram positivamente quer à prestação de Pedro Passos Coelho no debate, quer aos acontecimentos e à estratégia do PSD no primeiro fim-de-semana de campanha, em que deram a cara ao lado de Passos Coelho ex-líderes como Pedro Santana Lopes e Luís Filipe Menezes.
Maioria de direita
A subida do PSD (39,6 por cento) e o seu resultado somado ao resultado do CDS (12,1 por cento) garante uma maioria de direita dos deputados na Assembleia da República. Os dois partidos atingem mesmo a confortável soma de 51,7 por cento. E a opinião da maioria dos inquiridos é a de que o próximo governo deve ser de coligação. Mais concretamente 51,5 por centos dizem que querem uma coligação. Já 33,1 afirmam que o governo deve ser formado pelo partido vencedor apenas. No que se refere a coligações, a preferência dos inquiridos pela Intercampus vai para uma coligação PSD-CDS, com 31,2 por cento. O Bloco Central, isto é, uma coligação governamental de PS e PSD, é desejada por 15,4 por cento. Uma coligação dos três principais partidos (PS, PSD, CDS) é defendida por 15 por cento dos inquiridos. Já uma coligação de esquerda que junte PS, PCP e BE é querida por 11, 2 por cento dos que responderam. E uma coligação governamental entre o PS e o CDS agrada a 7,6 por cento dos inquiridos
”.

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