quarta-feira, janeiro 12, 2011

Portugal entre os “melhores locais do mundo para ser despedido”...

Li no Económico que “a CNBC revela que Portugal é um dos países que mais benefícios concede aos desempregados. De acordo com um trabalho jornalístico da CNBC publicado na semana passada denominado de "Os melhores locais do mundo para ser despedido", Portugal é o segundo país de todo o mundo com mais benefícios para os desempregados. "Portugal está tecnicamente empatado com a Letónia com o subsídio de desemprego médio a ser equivalente a 83% do último salário mas oferece um subsídio de alojamento, um benefício extra para crianças com menos de 12 anos e tem uma política de ruptura que surpreendeu toda a gente", referem os jornalistas Cindy Perman e Paul Toscano. No entanto, é importante frisar que, com as novas regras de atribuição do subsídio de desemprego, publicadas no Decreto-Lei nº 72/2010 que entraram em vigor a 1 de Julho, o valor do subsídio não pode ser superior a 75% da retribuição líquida do último salário - com excepção para as pessoas de rendimentos baixo, pois a quantia mínima do subsídio de desemprego continua a ser o equivalente ao valor de um indexante de Apoio Social (419,22 euros) e a quantia máxima mantém-se em três vezes o Indexante de Apoio Social (3×419,22 euros). O texto da CNBC refere ainda como ponto positivo o programa de benefício aos desempregados o facto de "se um trabalhador trabalhar 20 anos recebe uma indemnização de 20 meses. Além disso, é exigido dois meses de antecedência antes da data da rescisão. "No topo da lista de "Os melhores locais do mundo para ser despedido" figura o Luxemburgo, onde "um desempregado aufere, em média, 84,2% do seu último salário e pode recolher benefícios até um ano". É ainda de salientar o facto de entre os 10 países com mais benefícios para os desempregados, segundo a CNBC, apenas dois não fazem parte da União Europeia. Esta classificação vai de encontro às recentes declarações de David Grubb, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que aponta para o facto de as medidas de austeridade colocadas em prática pelos governos terem tido pouco impacto nos benefícios de desemprego.
Países com mais benefícios de desemprego

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