Li no Correio dos Açores que "os responsáveis de serviços de especialidade dos hospitais de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo contestaram ontem os dados do estudo que esteve na origem da alteração do regime de prevenções médicas decidido pelo Governo dos Açores. Estes responsáveis, ouvidos pelo Tribunal Administrativo de Ponta Delgada no âmbito da apreciação de uma providência cautelar interposta pela Ordem dos Médicos para suspender a eficácia do diploma governamental, foram unânimes em considerar que os números do estudo em causa se baseiam em registos com falhas e que não espelham a procura real das especialidades afectadas pelos cortes nas prevenções médicas. Os dirigentes dos serviços de cirurgia plástica, psiquiatria e oncologia do Hospital de Ponta Delgada e de ortopedia e estomatologia do Hospital de Angra do Heroísmo foram também unânimes em considerar que o novo sistema introduzido pelo executivo regional se revelou prejudicial aos utentes, que passaram a estar privados de assistência especializada durante parte do dia. Em declarações aos jornalistas no final dos depoimentos destes especialistas, o presidente da Ordem dos Médicos nos Açores, Jorge Santos, justificou a iniciativa de apresentar uma providência cautelar com a necessidade de garantir “qualidade” nos serviços prestados às populações. “O que importa é garantir uma qualidade nos serviços em termos de igualdade em relação ao que se passa no resto do país”, afirmou, remetendo para o governo regional e para as administrações hospitalares a responsabilidade pelas medidas de gestão visando esse objectivo. Jorge Santos contestou também os dados do estudo que esteve na base da decisão do governo, considerando que o quadro apresentado “não tem o mínimo de credibilidade” e “não obedece a critérios científicos que suportem” o diploma publicado em Novembro pelo executivo regional”.
Sem comentários:
Enviar um comentário