Terá sido um embuste?

A confirmar-se esta notícia do Sol, podemos estar perante um enorme embuste promovido por Passos Coelho, a sua "entourage" (onde alguns têm a mania que são os únicos "espertalhões" da política nacional) e o PSD nacional para que o líder ganhasse protagonismo mediático diário nas televisões, chamando a sim uma espécie de papel de "salvador da pátria", quando na realidade, pelos vistos, nunca pretendeu negociar nada. Como é que o PSD pode não estar contra e admitir viabilizar este orçamento que penaliza a classe média e os pensionistas? Se o desfecho for este, então espero que Passos Coelho apresente no mesmo dia em que o orçamento de Estado for viabilizado na sua versão já conhecida, a sua imediata demissão, para que o partido faça novas escolhas e não sofra pressões inconcebíveis, acusado de ou seja cúmplice, aos olhos dos eleitores, de um conjunto de medidas de austeridade verdadeiramente intoleráveis. A outra dúvida é que Passos Coelho, a votar este orçamento nestes termos, pode ter trocado a abstenção pela continuidade no lugar, o que a ser verdade seria escandaloso. Espero sinceramente que PC não envergonhe, mas não se envergonhe a si mesmo e não dê razão ao que os socialistas passaram o dia de hoje a dizer dele.