Li no Publico um texto da jornalista Maria Lopes, segundo a qual "os grupos Media Capital e a Impresa foram os grupos de comunicação social que mais facturaram em investimento publicitário do Estado em 2009, com, respectivamente, 122 e 116 milhões de euros. Estes 238 milhões de euros representam 58 por cento do bolo total de espaço publicitário comprado pelo Estado nos media, sem contar com autarquias, tribunais, Presidência e Assembleia da República. A TSF destaca-se por facturar quase tanto (7,6 milhões) quanto os outros dois grupos de rádio concorrentes, de acordo com uma análise dos dados do estudo elaborado pela ERC-Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Publicidade do Estado e audiências. As contas incluem a soma da facturação na imprensa, rádio e televisão e o grupo seguinte da lista é a RTP, com 96,5 milhões de euros. Bem mais longe segue a Controlinveste - DN (5 milhões), JN (8), 24Horas (623 mil euros) e TSF com um total de 21,5 milhões e só depois a Cofina - Correio da Manhã (12,7 milhões) e Sábado (1,3) com um total de 14 milhões, e a Renascença (rádios) com 8,8 milhões. A Sonaecom, dona do PÚBLICO, facturou 3,6 milhões de euros, o grupo Lena (jornal i) 2,4 milhões e a Impala (revista Focus) 362 mil euros. Não havendo dados da Marktest sobre audiências dos jornais em percentagens comparáveis com as usadas pela ERC no estudo, adiante-se que, no segundo semestre contabilizado de 2009, o CM liderou com 12,6 por cento de audiência, seguido de perto pelo JN (12), e depois o PÚBLICO (4,5), DN (3,8) e 24Horas (2,7). Nos semanários: Expresso com 7,6 por cento, Visão 7,3, Sábado 4,1, Sol 3 e Focus 1,1. Olhando para a televisão, que leva a maior fatia (84 por cento) do investimento, a percentagem da publicidade estatal em todos os canais RTP (28,21 por cento - 96 milhões de euros) fica um pouco abaixo da audiência média do ano de 2009 para os dois canais públicos, que foi de 31,2 por cento, segundo dados da Marktest. Porém, contando apenas as RTP1 e 2, estas tiveram uma quota de publicidade estatal de 21,94 por cento para uma audiência de 29,8 pontos. A SIC facturou 20,24 da publicidade (69 milhões) e teve 23,4 de audiência, enquanto a TVI recebeu do Estado 32,56 por cento (111 milhões), mas teve apenas 28,7 por cento de audiência. Pelo mesmo raciocínio, o Estado apostou mais no cabo do que a sua audiência: 25,26 da publicidade para 18,2 de share. Nas rádios, o investimento é equilibrado, se se olhar apenas ao nível dos grupos. Mas a verdade é que só a TSF factura quase tanto (7,6 milhões) como todo o grupo Renascença (RR, Mega e RFM, 8,8 milhões) e Media Capital (8 milhões na Best Rock, Cidade, M80, Rádio Clube, Comercial e Romântica). Mas estes não encontram relação nas audiências: no ano passado, a TSF ficou-se por uma audiência média de 4,5 por cento, enquanto o grupo Renascença rondou os 40 por cento e a Media Capital Rádios andou pelos 28 por cento, segundo dados do Bareme-Rádio da Marktest"
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