segunda-feira, setembro 20, 2010

População Activa continua a diminuir nos Açores em 2010

Diz o Diário dos Açores que "entre o 2º trimestre de 2009 e 2010, o número de empregados nos Açores terá baixado de 112.596 para 110.492, segundo o SREA, o que representa uma descida de quase 1,9% no emprego. Mas os açorianos sem emprego não engrossaram obrigatoriamente as fileiras dos desempregados: eles foram sobretudo canalizados para a situação de inactivos. É que enquanto que os empregos baixaram em cerca de 2.100, a quebra na população activa baixou quase 3.400. O resultado é que a taxa de população activa, que vinha crescendo nos últimos anos, continuou a descer nos últimos 4 trimestres, ficando-se agora pelos 47,9%, um dos valores mais baixos do país. Fenómeno diferente aconteceu ao nível nacional, onde o desemprego aumentou bastante, mas a população activa não diminuiu. Isto porque o conceito de “activo” tem a ver com a idade acima dos 15 anos, e com a condição de empregado ou desempregado – na prática, só são inactivos os reformados, crianças, estudantes, domésticos e incapacitados, e os que, estando desempregados, não constam como tal...
Cada vez mais domésticas e estudantes
O movimento dos inactivos açorianos indica que o maior crescimento se deu no segmento dos estudantes, o que não é só por si negativo: no espaço de um ano, eles cresceram 8,3%. Mas não representam a maioria dos inactivos. Esse título cabe às domésticas. Este grupo deverá ser composto por uma classe de mulheres com alguma idade, que por diversas condicionantes, entre as quais as culturais, terão abraçado as funções domésticas. Mas o crescimento de 5% revelado pela estatística no espaço de um ano já não será propriamente esse tipo de mulher, mas principalmente as que deixaram de procurar emprego e que terão sido mais ou menos forçadas a abraçar esta velha categoria. No 2º trimestre do corrente ano, as domésticas ultrapassavam os 28 mil casos, e representavam mais de 33% de todos os inactivos. Os estudantes representam 24%, o que é uma grande diferença. Aliás, são ultrapassados também pelos reformados, que no último ano cresceram 5,1% para os 26 mil, representando agora 31,4% do total de inactivos. Ou seja, os novos estudantes representaram 33% dos novos inactivos. E na prática, o seu peso no total de inactivos cresceu apenas algumas décimas sem qualquer expressão"

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