Bélgica há três meses sem governo!
Segundo o DN de Lisboa, num texto do jornalista Duarte Levy, “parecem esgotadas todas as hipóteses de formação de uma coligação que possa evitar caos político e económico no país. Quase três meses depois das eleições legislativas na Bélgica, o país continua sem Governo e parecem esgotadas todas as possibilidades de consenso entre francófonos e flamengos quanto à formação de uma coligação que possa evitar o "caos" politico e económico anunciado pelo socialista Elio Di Rupo. Um "caos" que muitos vêem como o prenúncio da divisão da Bélgica. Elio Di Rupo, que foi séria hipótese para ocupar o cargo de primeiro-ministro, responsabilizou os partidos da direita nacionalista flamenga pelo fiasco das negociações e alertou os belgas para o risco eminente de um "caos" político e económico para o país e em particular para Bruxelas, a capital belga, onde se encontram sediadas as instituições europeias e que necessita de um refinanciamento urgente de 500 milhões de euros. O líder dos socialistas francófonos, cuja demissão se encontrava ontem em suspenso da decisão do Rei Alberto II, disse ao DN que "insistiu junto do rei para ser dispensado da sua missão como negociador e pré-formador" acrescentando que "não deseja o fim da Bélgica" e que "fará tudo para defender o bem-estar dos francófonos". As negociações entre as principais forças políticas do país falharam face às exigências flamengas. A imprensa belga avançava ontem com títulos como "A Bélgica no inferno" e com apelos aos francófonos. "Tenhamos a ousadia de tomar o nosso destino em mãos," escreviam ontem os três jornais do grupo SudPresse. Maioritariamente francófona (de 85 a 95%), a região de Bruxelas Capital, que dispõe do seu próprio governo e Parlamento, viu as suas perspectivas económicas para dois anos passar de "estáveis" para "negativas".
Sem comentários:
Enviar um comentário