João Cunha Silva
52 anos, vice-presidente do governo desde 2000, é o natural sucessor de Jardim, que o tem incumbido das principais missões executivas, incluindo o plano de reconstrução pós-temporal. Sem gerar a empatia do seu mais directo rival na corrida à sucessão, Miguel Albuquerque, tem uma mais longa experiência política, iniciada em 1974 como fundador da JSD, depois como parlamentar e governante, o que o coloca na pole position na corrida à Quinta Vigia. Se receber a chefia do executivo a meio do mandato, é a reedição do que aconteceu quando o próprio Jardim substituiu Ornelas Camacho na presidência do governo, em 1978, e Miguel Albuquerque ascendeu à presidência da Câmara do Funchal, em 1994, quando Virgílio Pereira bateu a porta em colisão com Jardim.
Miguel Albuquerque
49 anos, foi o primeiro, há anos, a assumir que não descarta a possibilidade de suceder a Jardim, "se as circunstâncias se proporcionarem". Repetiu-o depois do temporal em que disputou protagonismo com Jardim de quem se demarca ao apoiar e convidar Passos Coelho, preterido no Chão da Lagoa, para o próximo Dia da Cidade. O actual presidente da Câmara do Funchal, no fim do último mandato, reconhece que enquanto Jardim "não decidir, não há reflexão nenhuma, nem nada para decidir". Incompatibilizado com Cunha Silva, que denunciou publicamente a existência de "negociatas na câmara", irregularidades confirmadas na consequente inspecção, o autarca conta com o apoio de Jaime Ramos, o homem da máquina "laranja" e do lobby dos construtores.
Sérgio Marques
53 anos, é a terceira via, menos comprometida com facções internas. Licenciado em Direito e também deputado na Assembleia da Madeira, como Cunha Silva e Albuquerque, Marques ficou fora da comissão política do PSD, depois de ter rejeitado o nono lugar inicialmente atribuído por Ferreira Leite à Madeira na candidatura ao Parlamento Europeu, de que era deputado desde 1999. Faz actualmente a "travessia no deserto". (fonte: Tolentino Nóbrega, Publico)
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